O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, criticou nesta quinta-feira (25) Alexandre de Moraes, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ter autorizado a operação da Polícia Federal que teve como um dos alvos o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
“O ministro Alexandre não respeita o nosso poder. É uma perseguição política”, disse à CNN o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.
Procurado pela CNN, Moraes preferiu não se manifestar.
Outra liderança do PL, o senador Rogério Marinho também se manifestou sobre a operação da PF que apura possível espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), comandada por Ramagem durante o governo Bolsonaro.
Marinho pediu urgência às lideranças do Congresso para proteger as prerrogativas do Parlamento e reafirmar o equilíbrio entre os Poderes.
Nesta quinta-feira (25), Ramagem — pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro — foi alvo de busca e apreensão na operação Vigilância Aproximada, que investiga uma suposta organização criminosa que teria se instalado na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.
Policiais estiveram no gabinete do parlamentar, no imóvel funcional ocupado por ele em Brasília e na casa do deputado no Rio de Janeiro.
Procurado pela CNN, a defesa de Ramagem disse que ele, por ora, não irá se manifestar. O advogado Fábio Wajngarten, que defende e assessora Bolsonaro, disse à CNN que o ex-presidente nega “qualquer ilação” que ligue o nome dele às supostas espionagem promovidas pela Abin.
A operação de hoje ocorre uma semana depois de o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também ter sido alvo de uma operação, a Lesa Pátria, que investiga o financiamento dos atos criminosos que ocorreram em 8 de janeiro de 2023. Jordy é pré-candidato a prefeito em Niterói e foi confirmado como líder da oposição na Câmara.
As duas operações foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, STF.
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