sexta-feira, janeiro 17, 2025
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Moraes dá 24h para Nunes explicar muro na Cracolândia

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), explique em 24 horas a construção de um muro na cracolândia. A barreira, erguida pela prefeitura, separa os usuários de drogas do trânsito de pedestres e veículos.

Moraes atende a um pedido do Psol. Parlamentares do partido reivindicam a demolição do muro. Eles alegam que a estrutura exclui socialmente os frequentadores da área. Para os políticos, a construção também viola direitos fundamentais previstos na Constituição e dificulta o acesso a serviços de saúde e assistência social.

No pedido, os parlamentares também argumentam que o muro impõe segregação e fere a liberdade de circulação.

O muro na cracolândia

A Prefeitura de São Paulo construiu um muro de concreto com 40 metros de extensão na Rua General Couto Magalhães, região da cracolândia.

muro na cracolândia
Muro substitui uma barreira de ferro que já existia no local | Foto: Reprodução/TV Globo

A gestão municipal afirma que a estrutura substituiu tapumes de ferro para garantir maior segurança e facilitar o trabalho de equipes de saúde e assistência social na área.

Nunes responde às críticas

De acordo com Nunes, a troca pelo concreto ocorreu em maio de 2024, com o objetivo de garantir maior segurança para as equipes de saúde, facilitar o trânsito e melhorar o atendimento na região. O prefeito afirmou que a construção não serve para confinamento e criticou as acusações.

“Não existe fundamento para qualquer decisão”, disse o prefeito, durante agenda nesta manhã. “Que decisão ele tomaria? Volta o tapume? Não existe. Estão falando disso agora, mas a substituição foi feita no ano passado.”

Defensoria quer derrubar muro na cracolândia

O pedido do Psol ao STF inclui a demolição do muro em até 24 horas, com base na alegação de que a estrutura configura uma “arquitetura hostil” e impede o acesso a água potável e banheiros.

A Defensoria Pública de São Paulo também recomendou a remoção da barreira e dos gradis que cercam a área, reforçando que a estratégia já foi usada anteriormente sem resultados concretos.

O Supremo avaliará as explicações de Nunes antes de decidir sobre a solicitação dos parlamentares e da Defensoria Pública.

Via Revista Oeste

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