sábado, novembro 23, 2024
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“Monstro” de água doce coloca rios sob risco nos EUA

Ok, talvez a palavra monstro tenha sido demais. Mas é assim que outras espécies nativas veem o bagre de cabeça chata, um predador que pode atingir mais de 1,5 metros de comprimento e quase 60 quilos.

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A espécie é natural do Mississippi, mas foi introduzida por pescadores em todo o oeste dos Estados Unidos na década de 1950. À primeira vista, parece um peixe inofensivo. Em ambientes diferentes, porém, ele passou a se alimentar de praticamente tudo, destruindo a fauna local.

A situação é tão preocupante a ponto de alarmar as autoridades do estado da Georgia e de levar o governador de Maryland, Wes Moore, a pedir ajuda ao governo federal, no ano passado. Ele queria que a administração Biden declarasse a expansão de peixes invasores como “um desastre pesqueiro comercial contínuo nas águas” do seu estado.

O bagre é conhecido em Inglês como catfish por causa desse bigode de gato – Imagem: Vladimir Wrangel/Shutterstock

Por que o bagre de cabeça chata é tão assustador?

  • O biólogo do Departamento de Recursos Naturais da Geórgia, Joel Fleming, dá uma dimensão do problema:

“Eles serão um dos principais predadores em todos os sistemas, uma vez que estabelecerem essas populações. Se eles conseguirem colocar na boca, eles vão comê-lo”, explicou o cientista.

  • De hábito noturno, esses peixes saem para caçar à noite e devoram tudo o que veem pela frente.
  • Na Georgia, por exemplo, ele já está ameaçando as espécies nativas, incluindo o apreciado peixe-lua-vermelho.
  • Um dos fatores para a sua propagação contínua é a fecundidade de algumas das fêmeas.
  • Dependendo do seu tamanho, elas podem pôr, em média, 100 mil ovos de cada vez.
  • Os machos são responsáveis por proteger esses ovos, mas a maioria não prospera.
  • Os filhotes que nascem começarão a comer seus primeiros peixes vivos quando atingirem cerca de 10 centímetros de comprimento.
  • À medida que o bagre cresce, também aumenta o seu apetite, e eles podem continuar mastigando a vida selvagem nativa por cerca de 30 anos.
Imagem: Dudarev Mikhail/Shutterstock

Buscando soluções

Diante desse quadro, biólogos discutem sobre o que fazer com os peixes. Especialistas afirmam que é muito difícil eliminar todos os exemplares que vivem hoje no oeste americano.

O trabalho agora seria de contenção de danos. Autoridades estão pedindo aos pescadores que entrem em contato com algum órgão ambiental sempre que pegarem um bagre de cabeça chata. Além disso, a recomendação é que não devolvam o predador para a água.

As informações são do IFL Science.

Via Olhar Digital

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