Mônica Valente, dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), fez uma declaração na última quinta-feira, 9, sobre a posse do ditador Nicolás Maduro. Valente afirmou que a posse do chavista era um “momento histórico” para a Venezuela.
Mônica é secretária-executiva do Foro de São Paulo, organização de partidos de esquerda da qual o PT também faz parte. Sua declaração ocorreu durante uma reunião do grupo em Caracas.
“Aos venezuelanos que nos acompanham, nosso mais profundo e caloroso abraço fraterno de irmãos e irmãs de toda a América Latina e Caribe, neste momento histórico em que o povo venezuelano toma em suas mãos sua soberania, sua libertação, com a posse do presidente Nicolás Maduro Moros”, declarou a comunista.
María Corina Machado é presa, enquanto dirigente do PT elogia Maduro
Enquanto Mônica Valente elogiava a posse de Maduro, a oposição venezuelana divulgava informações sobre a prisão de María Corina Machado. O Comando ConVzla, grupo responsável por liderar a campanha contra Maduro, afirmou que Machado foi presa ao sair de uma manifestação no bairro de Chacao, no Estado de Miranda.
Machado era vista como uma das principais figuras para disputar as eleições de julho. No entanto, teve sua candidatura impedida por uma decisão judicial ligada ao chavismo. Durante a campanha, ela declarou apoio a Edmundo González, que acabou buscando asilo político na Espanha, depois de ser alvo de uma ordem de prisão.
Com o aumento das ações repressivas contra a oposição, María Corina Machado entrou na clandestinidade. Seu paradeiro permaneceu desconhecido por cinco meses. Machado foi solta horas depois.
Eleição de Nicolás Maduro
O Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela, formado por partidários do governo ditatorial, declarou Maduro o vencedor da eleição de 28 de julho. Mas, diferentemente de disputas anteriores, as autoridades eleitorais não forneceram contagens detalhadas de votos para respaldar o resultado anunciado.
A oposição, no entanto, coletou folhas de contagem de 85% das máquinas de votação eletrônica e as publicou on-line. Os dados mostram que González havia vencido com larga vantagem.
Especialistas da Organização das Nações Unidas e o Centro Carter, sediado nos EUA, ambos convidados pelo governo de Maduro para observar a eleição, disseram que as folhas de contagem publicadas pela oposição são legítimas.