O modo anônimo de navegadores é uma solução para usuários que desejam buscar produtos na internet sem o rastreamento de algoritmos que recomendarão dezenas de itens semelhantes após uma rápida pesquisa. No entanto, mesmo utilizando recursos como esse, as lojas ainda conseguem identificar quem é que está buscando por esses produtos — ou chegar bem perto disso.
É o que explicou Ken Carnesi, executivo-chefe e cofundador da DNSFilter, ao The Wall Street Journal. Mesmo que um usuário utilize o modo anônimo da Amazon, por exemplo, sem estar logado no site, a loja tem “99,9% de certeza de quem é você por causa da impressão digital que eles desenvolveram”.
Algumas informações adicionais auxiliam a loja a identificar o usuário, como links de anúncios clicados, endereço de IP, CEP e configurações de preferência do dispositivo. Procurada pelo Wall Street Journal, um porta-voz da Amazon não quis responder sobre o tema.
Com esses dados, as empresas não conseguem identificar exatamente qual indivíduo está buscando por produtos ou serviços, mas sabem a origem da casa, sistema operacional, idioma e outros detalhes do dispositivo usado na busca. Mas, a partir dessas informações, fica mais fácil para as empresas associarem qual usuário está navegando.
É por isso que, mesmo quando você não estiver no modo privado mais tarde, se você não fechar a janela privada, ainda poderá ver roupões de banho sendo jogados em sua direção.
Ken Carnesi, executivo-chefe e cofundador da DNSFilter.
Para evitar esse rastreamento, Ken Carnesi deu algumas recomendações, como: usar um dispositivo público ou computador emprestado e um mecanismo de busca que não rastreia suas pesquisas ou cliques.
O especialista recomenda mecanismos como o do Brave, que “ao contrário de outros motores de busca”, os dados do usuário não são tratados como produto.