A “superestrutura” apelidada de Planalto da Fronteira Melanésia, no Oceano Pacífico a leste das Ilhas Salomão, tem intrigado cientistas. Agora, pesquisadores podem ter descoberto como ela se formou durante o Cretáceo, período marcado por pulsos de ação vulcânica.
Para quem tem pressa:
- Um novo estudo sugere ter descoberto como a “superestrutura” Planalto da Fronteira Melanésia, localizada no Oceano Pacífico perto das Ilhas Salomão, se formou durante o período Cretáceo;
- Anteriormente acreditava-se que o planalto, composto de rocha ígnea, havia se formado há 100 milhões de anos. Estendendo-se por 320 quilômetros, o planalto continua crescendo até hoje, conforme o artigo publicado na revista Earth and Planetary Science Letters;
- A pesquisa indica que o planalto não é resultado de um único evento vulcânico, mas sim de “quatro episódios distintos” de atividade vulcânica. Esse processo é diferente do que se observa em outras estruturas semelhantes;
- Kevin Konrad, geocientista da Universidade de Nevada e autor principal do estudo, explicou que as camadas de rocha ígnea do Planalto da Fronteira Melanésia foram construídas ao longo de dezenas de milhões de anos. E análises químicas das rochas sugerem que o planalto começou a se formar há cerca de 120 milhões de anos;
- O estudo também revela que o planalto se deslocou sobre pontos quentes no manto da Terra, formando cadeias de ilhas subaquáticas. Konrad enfatiza que outras “superestruturas oceânicas de meio de placa” podem ser descobertas com investigações mais detalhadas dos oceanos.
O planalto, que até então acreditava-se ter se formado há 100 milhões de anos, é de rocha ígnea, se estende por 320 quilômetros e cresce até hoje. O artigo que desvenda parte desse mistério foi publicado na revista científica Earth and Planetary Science Letters.
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Formação do planalto gigante
A pesquisa sugere que o planalto foi o resultado de não apenas um, mas “quatro episódios distintos” de vulcanismo. Isso o torna marcadamente diferente de outras estruturas deste tipo, resultado de apenas um episódio.
Os efeitos desses episódios sobre o planeta podem ser devastadores. Para você ter uma ideia, alguns até foram associados a mudanças climáticas drásticas, que desencadearam eventos de extinção em massa.
No caso das camadas de rocha ígnea do Planalto da Fronteira Melanésia, elas parecem ter sido construídas ao longo de períodos prolongados. “Quando separamos amostras detalhadas dessas características, percebemos que elas são construídas por meio de vários pulsos ao longo de dezenas de milhões de anos e não teriam impactos ambientais significativos”, disse o autor principal e geocientista da Universidade de Nevada, Kevin Konrad, ao Live Science.
Ao estudar a química das rochas retiradas da área ao longo da última década, Konrad e seus colegas concluíram que o planalto se formou pela primeira vez há cerca de 120 milhões de anos. Ao longo do tempo, passou por várias mudanças à medida que se deslocava sobre pontos quentes no manto da Terra. Este processo formou cadeias de ilhas subaquáticas.
Muitas outras “superestruturas oceânicas de meio de placa” ainda podem ser encontradas conforme se vasculha os oceanos mundo afora. “À medida que separamos amostras mais detalhadas, encontramos mais complexidade”, disse Konrad.