Arqueólogos da The First Colony Foundation – organização sem fins lucrativos que investiga a colonização da Ilha de Roanoke, nos EUA – encontraram novas evidências que podem solucionar um dos maiores mistérios da colônia perdida: o desaparecimento de seus habitantes de forma aparentemente inexplicável e sem deixar nenhum rastro.
Entenda:
- Arqueólogos encontraram evidências que podem explicar o desaparecimento dos habitantes da colônia perdida de Roanoke, nos EUA;
- Diversas teorias tentam explicar o acontecimento, mas a mais provável – e a única apoiada por evidências – é a de que os britânicos teriam se integrado às comunidades indígenas locais;
- Uma investigação recente realizada pela The First Colony Foundation encontrou um aro de cobre – provavelmente feito na Inglaterra – que pode ter sido usado por um membro da tribo, indicando a ligação entre os colonos e os indígenas;
- As descobertas foram publicadas pela PBS North Carolina.
Ao longo dos anos, várias teorias surgiram para tentar explicar o que teria acontecido aos colonos da ilha. A mais provável – e a única apoiada por evidências – é a de que os britânicos teriam se integrado às comunidades indígenas locais. Mas ainda há controvérsias sobre quais tribos seriam e onde exatamente a comunidade de colonos viveu na ilha.
Brinco de cobre indicam ligação entre indígenas e colonos de Roanoke
A equipe investigava os Jardins Elisabetanos da cidade de Manteo, que abrigava uma comunidade indígena relacionada aos colonos. Entre as evidências encontradas, os arqueólogos descobriram um aro de cobre, que pode ter sido usado como brinco por um dos membros da tribo.
Os pesquisadores acreditam que o brinco tenha sido feito na Inglaterra – já que não há evidências de que França ou Espanha tenham explorado o local na época -, visto que os povos indígenas não contavam com a tecnologia necessária para produzir o artefato.
A equipe também apresentou a ideia de que a aldeia fosse cercada por muros altos e contasse com cerca de nove casas, que provavelmente pertenceram a guerreiros de elite. “Estamos começando a ver que o local era mais uma capital com uma sede tribal onde vivia um governante ou chefe, e seria cercado por uma paliçada [os muros altos] para mantê-lo seguro”, explicou Eric Klingelhofer, vice-presidente de pesquisa da The First Colony Foundation, em comunicado.
“As novas descobertas confirmam uma teoria que corresponde ao que sabemos sobre a aldeia. E essas descobertas contribuem para a nossa história”, acrescentou Klingelhofer.