Durante os quase 70 anos desde que o primeiro satélite foi lançado na órbita da Terra pela Rússia, outros países têm enviado inúmeras outras coisas para lá, desde satélites a restos de foguetes. A maioria desses objetos, estão por lá, à deriva e sem nenhum plano para serem retirados, o que pode deixar o espaço um lugar nada seguro. Agora, no entanto, uma missão da Astroscale Japan dará o primeiro passo para resolver esse problema.
- A missão é conhecida como Remoção Ativa de Detritos da Astroscale-Japan ou ADRAS-J;
- Ela foi lançada no dia 18 de fevereiro, mas teve início oficial no dia 22 de fevereiro;
- Seu objetivo é alcançar e caracterizar um pedaço de lixo espacial que não foi projetado para ser alcançado e nem está emitindo sinal ou se comunicando com a Terra.
A missão não será nada fácil
Esse lixo espacial é o estágio superior de um foguete japonês H-2A, com cerca de 11 metros de comprimento, 4 de diâmetro e pesando 3 toneladas. O grande problema de recuperá-lo é que não sabe muito sobre ele, apenas que está flutuando em algum lugar da órbita da Terra.
O resto de foguete não possui nenhum equipamento que permita a sua detecção ou algo que facilite seu acoplamento. Além disso, ele pode ter colidido com outro detrito espacial, podendo estar danificado e em movimento descontrolado. Da Terra, nada pode ser feito, visto que seu movimento não pode ser controlado. Tudo isso pode deixar as coisas ainda mais difíceis para a missão.
As operações de encontro e proximidade (RPO) são fundamentais para qualquer serviço futuro em órbita, garantindo a abordagem segura da espaçonave de serviço à espaçonave cliente e outros objetos, como detritos espaciais.
Astroscale Japan, em comunicado
Essa primeira etapa da missão irá encontrar, abordar e caracterizar o lixo espacial. Além disso, ela também mostrará ser capaz de se manter a uma distância fixa do alvo. Caso seja um sucesso, mostrará que pode se encontrar com qualquer objeto em órbita, desde recuperar lixo espacial até atender satélites que estão enfrentando problemas.