sexta-feira, setembro 27, 2024
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Missão espacial irá buscar terras habitáveis em outros planetas

Encontrar planetas que sejam habitáveis tem sido um dos grandes desafios da ciência. É por isso que a Agência Espacial Europeia (ESA) vai lançar uma nova missão espacial em 2026. O satélite espacial PLATO irá buscar condições semelhantes à Terra no espaço, além de determinar com precisão o tamanho, a massa e a idade destes exoplanetas.

Objetivo é saber mais sobre a composição de exoplanetas

  • Desde a descoberta do primeiro exoplaneta, o 51-Pegasi-b, em 1995, os cientistas identificaram cerca de 5.700 planetas fora do nosso sistema solar que apresentam condições de abrigar a vida.
  • O grande problema é que não se sabe realmente do que eles são feitos, se são terrestres ou não, se são planetas aquáticos, entre outras informações consideradas valiosas pela ciência.
  • Segundo os cientistas, conhecer melhor estes corpos é fundamental para saber se algum deles é realmente habitável, ou seja, se fica a uma distância da sua estrela que permita a presença de água líquida na sua superfície, condição essencial à vida.
  • As informações são do G1.
Satélite espacial PLATO está em fase final de construção (Imagem: ESA/G. Porter)

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Missão espacial será lançada no final de 2026

O PLATO (PLAnetary Transits and Oscillations of stars) tem como objetivo encontrar exoplanetas semelhantes à Terra orbitando estrelas parecidas com o Sol. Além disso, buscará determinar seus tamanhos com uma precisão de 3%, suas massas com precisão superior a 10% e suas idades com precisão de 10%.

O telescópio espacial ficará a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, no ponto Lagrange-2, muito estável do ponto de vista gravitacional e térmico, onde já funcionam outros observatórios como o telescópio James Webb.

Equipado com 26 câmeras, o equipamento permitirá observar uma porção muito ampla do hemisfério sul, que inclui cerca de 200 mil estrelas localizadas a mil anos-luz de distância, que serão fotografadas a cada 25 segundos durante dois anos. O objetivo é detectar pequenas variações na luminosidade das estrelas.

Equipamento conta com diversas câmeras para analisar composição de exoplanetas (Imagem: reprodução/ESA)

Estes fenômenos, chamados trânsitos, indicam que um planeta passou em frente à estrela e diminuiu temporariamente sua intensidade luminosa. Estas observações permitirão conhecer quanto tempo o planeta leva para orbitar em torno da estrela, sua inclinação e também seu tamanho.

A longa duração da observação permitirá aos astrônomos analisar pelo menos duas vezes os exoplanetas mais interessantes, ou seja, aqueles que orbitam sua estrela durante um ano e localizados a uma distância habitável. Se descobrirem o tamanho e a massa do planeta, os cientistas poderão determinar sua densidade e saber, por exemplo, se é rochoso.

O telescópio espacial PLATO está em construção na cidade francesa de Cannes e tem lançamento previsto para dezembro de 2026. A missão tem uma duração prevista de quatro anos e será seguida, em 2029, pelo Ariel, outro satélite da Agência Espacial Europeia cujo objetivo será estudar detalhadamente a atmosfera dos exoplanetas.

Via Olhar Digital

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