Apesar da resistência de Lula, ministros do Palácio do Planalto têm insistido em aconselhar o presidente a organizar agendas com líderes evangélicos.
A avaliação de integrantes do governo é de que Lula precisa se aproximar de pastores que têm voz política para ampliar o diálogo, assim como fez com empresários do agronegócio.
Para a cúpula do Planalto, os gestos do governo ainda são insuficientes diante da queda da popularidade do presidente nas últimas pesquisas.
Ministros ouvidos pela CNN veem na aproximação com evangélicos a possibilidade de quebrar a resistência desse eleitorado e promover diretamente as políticas públicas do governo.
Entre os pontos a serem discutidos estão a negociação das isenções das prebendas (pagamento a religiosos) e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da imunidade tributária a Igrejas.
Uma ala do governo pontua, no entanto, que o presidente já tem convidado lideranças religiosas em agendas pelo país, inclusive com peças publicitárias direcionadas a esse público. O movimento, no entanto, ainda é tímido.
A resistência, segundo auxiliares, é do próprio presidente, que mantém o discurso de não “privilegiar” nenhuma religião em detrimento de outras.
Para Lula, a estratégia ainda é investir em serviços à população. A aposta do presidente é de que, desta forma, todos seriam impactados, inclusive os religiosos.