Alvo de um pedido de CPI na Câmara Municipal de São Paulo, o padre Júlio Lancellotti recebeu apoio de ministros do governo Lula contrários à comissão.
O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, publicou em seu perfil na rede X (antigo Twitter), nesta quinta-feira (4), que Lancellotti é o “padre dos pobres” e fez associações bíblicas sobre o risco de uma CPI.
O ministro afirmou que “Jesus já nos alertou que o caminho dos que cuidam dos necessitados e injustiçados não seria fácil”. “Espero que o bom senso prevaleça e deixem o Padre dos pobres trabalhar em paz.”
Para Messias, o padre exerce um trabalho imprescindível junto à população de rua.
A polêmica surgiu depois que o vereador Rubinho Nunes (União-SP) protocolou um pedido de CPI Câmara Municipal para apurar a atuação de ONGs na Cracolândia. O padre seria um dos investigados.
Também pelas redes sociais, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que uma CPI contra o padre é “inacreditável” e “parece uma tentativa de perseguição a defensores da justiça social”.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, publicou que “a instalação de uma CPI para investigar o padre Júlio, além de uma arbitrariedade criminosa, é também inconstitucional, já que não há fato determinado a ser investigado”.
Aos 75 anos, o padre Júlio Lancellotti popularizou o uso do termo “aporofobia” para descrever aversão, medo, à pobreza como uma das razões para falta de assistência à população de rua.
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