O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta terça-feira (9) que espera “sensibilidade” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para não devolver a medida provisória (MP) que trata da reoneração gradual da folha de pagamento para diferentes setores da economia.
“Creio que o debate com o Congresso terá sensibilidade por parte do presidente Rodrigo Pacheco de não fazer a devolução, que nós esperamos que esse diálogo passa surtir efeito nesse sentido”, afirmou Marinho à imprensa.
A avaliação do ministro é de que há tempo para diálogo, uma vez que a MP só entra em vigor em 1º de abril.
“A quarentena, para entrar em vigor em abril, acho que nos dá um prazo razoável de diálogo, envolver tanto as lideranças dos trabalhadores, quanto dos empregadores, e diálogo com o Congresso Nacional”, disse.
Parlamentares têm cobrado que Pacheco devolva a medida, mas o presidente do Senado ainda tenta negociação para evitar desgaste com o Palácio do Planalto. Uma reunião de líderes foi convocada para tratar do tema ainda nesta terça-feira.
Na ocasião, representantes das centrais sindicais demonstraram preocupação com a medida. O representante da central única dos trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, afirmou que as conversas com o governo vão continuar para chegar a um “consenso”.
“Viemos trazer a nossa preocupação com emprego. É importante que a gente tranquilize, para que esse tema tenha o encaminhamento. O grande desafio é a gente, em um período mais célere possível, a gente encontrar uma proposta de consenso. Quando a gente está em uma mesa de negociação tudo é possível. O importante é o acordo”, disse em coletiva de imprensa na porta do Ministério da Fazenda.
Marinho destacou que o “importante é conversar para encontrar um encaminhamento”.
“Na visão do governo é preciso uma correção do rumo. Os benefícios (da desoneração na geração de empregos) não se constataram”, disse e acrecentou “Combinamos das equipes técnicas aprimorarem esse processo, com uma agenda de diálogo. A nossa preocupação é lá na ponta, com os trabalhadores”.
Marinho ainda disse que novas rodadas de conversas com os setores serão feitas a partir de fevereiro..
“Sempre que tem diálogo tem a possibilidade de olhar as especificidades, vê se tem alguma falha, se há um problema é para ser solucionado”
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