sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioEconomiaministro do Trabalho diz que debate não existe

ministro do Trabalho diz que debate não existe

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou na última quarta-feira, 30, que nunca foi consultado por outros integrantes do governo sobre corte ou revisão de gastos, tema que é motivo de pressão exercida pelo mercado financeiro sobre a equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com a ausência de uma proposta concreta e até mesmo de um prazo para fazer a revisão dos gastos, o dólar chegou a R$ 5,77 na quarta-feira 30.

Ao ser questionado sobre eventuais cortes em seu ministério, Marinho disse que não existe debate no Executivo sobre cortar recursos de benefícios, como seguro-desemprego e abono salarial. “Se nunca discutiu comigo, essas medidas não existem. Se eu sou responsável pelo tema trabalho e emprego (esse debate não existe), a não ser que o governo me demita”, disse Marinho.

Segundo ele, o debate sobre corte de gastos nos benefícios está circunscrito entre técnicos. “Esse debate não existe no governo. Se existisse, o presidente Lula teria falado: ‘Marinho, pega leve aí’. Existe esforço, estudo, técnicos tentando adivinhar, olhando”, completou.

Questionado se poderia pedir demissão caso as medidas avancem, o ministro respondeu: “Se eu for agredido, é possível. Uma decisão sem minha participação, em um tema meu, é uma agressão. E não me consta que nenhum ministro de Estado tenha discutido esse assunto (de corte de gastos).”

Recursos serão buscados onde eles existem, teria dito Lula a Marinho

Luiz Marinho disse que, quando o número de empregos cresce, aumenta a ‘demanda de consumo’ | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Luiz Marinho disse que debate sobre corte de gastos no Ministério do Trabalho não existe | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Marinho afirmou que Lula tem repetido que recursos orçamentários serão buscados onde “eles existem, e não no pelo, nas costas, no lombo do trabalhador”.

Ele disse ainda que seguro-desemprego e abono salarial não podem ser considerados “gastos”. “O que é gasto? Coisa desnecessária, se tiver coisa desnecessária tem que cortar”, avaliou. O ministro reforçou que o combate às fraudes em políticas públicas é obrigação de qualquer gestor.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui