O ministro da Defesa, José Múcio, vai apresentar prioridades da pasta para 2024 à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira, 17. Aos parlamentares, meses depois de assumir o cargo no ano passado, o chefe da pasta afirmou ter despolitizado as Forças Armadas.
A presença do ministro no colegiado atende aos requerimentos protocolados pelos deputados Lucas Redecker (PSDB-RS) e Albuquerque (Republicanos-RR). As solicitações foram feitas no mês passado.
Redecker diz que, em janeiro de 2023, o governo federal anunciou uma reorientação quanto ao rumo e as prioridades para a defesa nacional. O parlamentar afirma que, de acordo com o Executivo, as mudanças implementadas buscam reafirmar o papel constitucional das Forças Armadas como garantidoras da integridade territorial.
“Não é novidade que as nossas Forças Armadas gozam de grande credibilidade junto à opinião pública e que também contribuem significativamente com o desenvolvimento científico e tecnológico nacional”, afirma trecho do requerimento. “Na qualidade de instância competente para analisar e deliberar sobre todas as matérias relacionadas à política de defesa, a CREDN deve ouvir, primeiro, o ministro de Estado, nosso antigo colega de Parlamento, José Múcio.”
Ministro da Defesa desde o início do atual governo, em janeiro de 2023, Múcio foi deputado federal por Pernambuco durante cinco mandatos. Permaneceu na Câmara de fevereiro de 1991 a novembro de 2007.
Deputados precisam saber planos do Ministério da Defesa, diz Albuquerque
Albuquerque afirmou que informações relativas ao desenvolvimento dos projetos prioritários da Marinha, do Exército e da Aeronáutica devem ser prestadas ao colegiado. No requerimento, solicitou esclarecimentos sobre o desenvolvimento dos caças F-39 Grippen, do KC-390, do submarino nuclear, da modernização dos blindados e da proteção cibernética.
No documento, o deputado de Roraima ainda pede um debate sobre a valorização dos profissionais militares, especialmente dos da reserva que serviram na Amazônia “em tempos difíceis”.
Além do ministro, devem comparecer à reunião extraordinária os comandantes da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, e da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado