domingo, novembro 24, 2024
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Ministra das Mulheres segue no cargo, em meio a acusações de assédio moral

Em meio a acusações de assédio moral e racismo no Ministério das Mulheres, divulgadas pela agência de notícias Alma Preta, a ministra Cida Gonçalves informou que seguirá no cargo. Ela fez o anúncio nesta segunda-feira, 21.

As denúncias apontam Cida Gonçalves e a secretária-executiva Maria Helena Guarezi como alvo das acusações. De acordo com relatos de 17 testemunhas anônimas, a ministra teria demitido uma secretária por priorizar a campanha eleitoral em detrimento de suas funções. Guarezi teria cometido racismo, enquanto Cida Gonçalves supostamente se omitiu depois de tomar ciência dos casos.

Em entrevista ao site Poder360, a ministra assegurou que continuará suas atividades normalmente e que o ministério está preparando uma nota oficial para tratar das acusações. Os relatos de assédio moral também envolvem Carmen Foro, ex-secretária de Articulação Institucional, exonerada em agosto.

Até o momento, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se manifestou sobre o assunto.

As ameaças da ministra das Mulheres

Depois da exoneração de Carmen, a ministra teria ameaçado o emprego de funcionárias ligadas à antiga funciona, segundo uma gravação obtida pelo Alma Preta. Cida Gonçalves teria afirmado que quem era de Carmen “tinha de ir”. Testemunhas anônimas descreveram o ambiente de trabalho como propício ao assédio moral.

Desde o começo da gestão de Cida Gonçalves, 59 demissões foram registradas no Diário Oficial da União (DOU). Maria Helena Guarezi também enfrenta acusações de racismo por supostamente ter pedido a Carmen Foro, durante uma reunião, que se sentasse, alegando que o cabelo crespo da ex-secretária bloqueava sua visão.

Algumas funcionárias relataram que a ministra tinha conhecimento dos incidentes, mas não tomou medidas. “De novo isso de racismo?”, teria perguntado. Em setembro, Cida Gonçalves solidarizou-se com Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, que teria sido alvo de assédio sexual por Silvio Almeida, então ministro dos Direitos Humanos.

Via Revista Oeste

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