domingo, novembro 24, 2024
InícioPolíticaMinistério Público Eleitoral é contra cassação de Sérgio Moro

Ministério Público Eleitoral é contra cassação de Sérgio Moro

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) enviou um parecer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no qual defende a manutenção do mandato do senador Sérgio Moro (União-PR). O documento foi encaminhado ao ministro Floriano de Azevedo Marques, relator de recursos do PT e do PL contra o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que absolveu o senador.

Contrariando o posicionamento do Ministério Público do Paraná, que defendeu a cassação, a palavra final sobre o caso caberá ao TSE. O julgamento ainda não tem data marcada. Para ser incluído na pauta, depende da liberação de Marques e da presidência do tribunal.

Os advogados envolvidos esperam que o julgamento ocorra antes das eleições, apesar da proximidade do pleito. Caso seja pautado ainda em maio, este pode ser um dos últimos processos de grande impacto durante a gestão do ministro Alexandre de Moraes, que se despede do cargo para dar lugar a Cármen Lúcia.

moraes
Julgamento do senador Sergio Moro pode ser o último grande processo do ministro Alexandre de Moraes à frente do TSE | Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Acusações sobre Moro

Sérgio Moro é acusado de abuso de poder econômico, arrecadação ilícita e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2022, quando era pré-candidato à Presidência da República. O TSE precisa decidir se os gastos realizados durante esse período o colocaram em vantagem em relação aos concorrentes dele ao Senado.

Um dos pontos cruciais do julgamento será a definição dos gastos de campanha, especialmente se as despesas da pré-campanha à presidência, fora do Paraná, devem ser consideradas. 

O que alega a Procuradoria-Geral Eleitoral

A Procuradoria-Geral Eleitoral argumenta que há lacunas na regulamentação dos gastos durante a pré-campanha e que as particularidades do caso tornam desaconselhável a cassação de Moro. O vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa Bravo Barbosa, destaca a importância de respeitar a escolha democrática nas urnas.

A PGE reconhece a ideia de que Moro tenha simulado uma pré-candidatura presidencial para se beneficiar financeiramente, contudo, o órgão acredita que a mudança de rumos foi mais por descuido do que por estratégia. 

A procuradoria destaca ainda a necessidade de considerar apenas os gastos relacionados à circunscrição do Paraná e à preparação do candidato para interagir com o eleitorado local. A conclusão da PGE é de que não há evidências de gastos excessivos ou desvio de recursos por parte de Moro.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui