quinta-feira, janeiro 16, 2025
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Ministério Público da Bahia vai fazer audiência

O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) promoverá no próximo dia 27 uma audiência pública para debater a “proteção das religiões de matriz africana” e os impactos de ações que possam violar o patrimônio histórico e cultural dessas tradições

A audiência é uma resposta ao caso envolvendo a cantora Claudia Leitte. Ela alterou a letra da música Caranguejo durante apresentações recentes. Na nova versão, a artista substitui o nome da orixá Iemanjá por “Yeshua”, termo associado a Jesus em algumas correntes cristãs.

Agendada para às 14 horas na sede do MPBA, em Salvador, a audiência tem como objetivo discutir medidas preventivas em áreas como a cultura, educação e legislação. A ideia, segundo o órgão, é garantir o respeito às comunidades afro-brasileiras, com ênfase nos povos de terreiros.

A ação foi motivada pelo inquérito civil instaurado pelo MPBA. O órgão se movimentou depois da denúncia formalizada pela Iyalorixá Jaciara Ribeiro e pelo Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-brasileiras. A investigação busca apurar possíveis danos morais causados pela modificação da canção de Claudia Leitte.

Alteração da letra e posicionamento de Claudia Leitte

A denúncia de modificação da letra da música Caranguejo veio à tona depois de apresentações da cantora em Salvador no Recife, nas quais Claudia Leitte, que se converteu ao cristianismo em 2014, trocou o nome de Iemanjá por “Yeshua”.

A substituição foi vista como uma afronta às religiões afro-brasileiras. A ação gerou controvérsia nas redes sociais sobre a preservação do patrimônio cultural relacionado às práticas religiosas que envolvem a orixá Iemanjá.

Em entrevista recente, a Cláudia Leitte comentou o caso. Ela afirmou que o racismo é um assunto sério e que deve ser discutido de forma profunda.

A cantora também reafirmou seu compromisso com valores como respeito, solidariedade e integridade. “Não podemos negociar esses princípios nem transformá-los em algo jogado ao tribunal da internet.”


Revista Oeste, com informações da Agência Estado

Via Revista Oeste

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