domingo, novembro 10, 2024
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Ministério Público acusa prefeito de Imperatriz (MA) de nepotismo

O Ministério Público do Maranhão ingressou com uma ação civil pública em que acusa de improbidade administrativa o prefeito de Imperatriz (MA), Francisco de Assis Ramos (União) pela suposta prática de nepotismo.

Também figuram no polo passivo da ação o secretário municipal de Governo e Projetos Estratégicos (Segov), Eduardo Albuquerque, e a ex-diretora executiva da Pasta Lucimar Santos, que é mãe do ex-secretário-adjunto municipal de Esporte, Juventude e Lazer Weudson Santos.

A Promotoria pediu a indisponibilidade de bens do prefeito de Imperatriz, município com 275 mil habitantes no interior do Maranhão. O prefeito ainda não se manifestou sobre a acusação.

A ação, protocolada na última terça-feira, 6, é assinada pela titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e das Ordens Tributária e Econômica, Glauce Mara Lima Malheiros, com base em denúncia sobre nepotismo à Ouvidoria do Ministério Público do Maranhão.

Nepotismo teria causado prejuízo de R$ 170 mil à Prefeitura de Imperatriz

O nepotismo teria causado prejuízos de R$ 173,5 mil aos cofres da administração de Imperatriz, estima a promotora. Na ação, ela conceituou nepotismo como a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para cargo em comissão, de confiança ou de função gratificada na administração pública direta e indireta.

“O prefeito Assis Ramos insiste na nomeação de parentes seus e dos secretários para cargos no município”, assinala a ação. “Nomeou Lucimar Santos para cargo de diretora-executiva na Secretaria de Governo, recebendo quase R$ 5 mil mensais.”

Diretora nunca foi vista durante trabalho na prefeitura

Lucimar Santos exerceu o cargo em dois períodos: maio de 2018 a abril de 2020, e novembro de 2020 a abril de 2023.

A gestão municipal encaminhou ao Ministério Público a relação de servidores cedidos para outros órgãos públicos, mas o nome de Lucimar Santos não constava na lista. Ela teria trabalhado para o município de Imperatriz entre os anos de 2019 e 2021, ocupando o cargo de diretora-executiva da Secretaria Municipal de Governo e Projetos Estratégicos (Segov).

Em depoimentos ao Ministério Público, servidores da Segov afirmaram desconhecer Lucimar Santos. Uma funcionária lotada desde 2017 informou não saber onde Lucimar trabalhava. Outra servidora, que trabalha na Secretaria há 30 anos, também declarou desconhecer a ex-diretora-executiva

A Promotoria do Maranhão pediu a condenação do prefeito e seus auxiliares à perda dos bens ou valores “acrescidos ilicitamente ao patrimônio”, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até 12 anos, além do pagamento de multa.

Outra sanção é a proibição de contratar com o poder público, receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por meio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo, no máximo, de 12 anos.


Redação Oeste, com informações da Agência Estado

Via Revista Oeste

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