A cidade de São Paulo está sem imunizante suficiente para vacinar a população completamente contra a catapora. Isso porque o Ministério da Saúde, responsável pelo abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), não enviou a quantidade suficiente para a segunda dose, de acordo com a Secretaria Municipal da Saúde.
Quem realiza a compra total das vacinas é o órgão federal. Depois, ele repassa proporcionalmente para as federações, que, consequentemente, distribuem aos municípios. O ministério afirma que o laboratório responsável pela produção do imunizante enfrenta problemas técnicos.
Duas doses compõem o esquema vacina. A primeira, aplicada aos 15 meses, é tetraviral e combate sarampo, caxumba, rubéola e, atenuadamente, a catapora (varicela). Já a segunda, que deve ser dada aos 4 anos, é a vacina completa contra catapora.
Com a falta da vacina completa contra a catapora, a cidade de São Paulo está disponibilizando o imunizante de forma parcial e gradual.
Ministério da Saúde reduziu o abastecimento da vacina desde o início de 2024
O desabastecimento da vacina contra a catapora é um problema que o Ministério da Saúde enfrenta desde o início de 2024. Em fevereiro, o órgão teve de realizar uma compra emergencial de um laboratório internacional. No mesmo mês, o Estado de São Paulo recebeu apenas 46 mil doses, quando solicitou 230 mil.
Em março, abril e maio, o governo paulista solicitou mais 690 mil doses. Contudo, o governo federal enviou 78 mil vacinas no mesmo período.
Em nota, o Ministério da Saúde informou o problema com o laboratório nacional e que faz compras emergenciais com outras empresas brasileiras e internacionais.