terça-feira, julho 2, 2024
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Ministério da Justiça fatiado? PT volta a defender divisão após caso “Dama do Tráfico“

A mais recente crise envolvendo o Ministério da Justiça –após visitas da “Dama do Tráfico do Amazonas” à sede da pasta em Brasília– ressuscitou o discurso de integrantes do PT sobre a divisão do órgão.

À revelia do entendimento do ministro Flávio Dino (PSB), petistas ouvidos pela CNN defenderam a recriação do Ministério da Segurança Pública.

A medida reduziria os poderes do atual chefe do órgão, alvo de disputa interna desde os tempos da transição governamental.

Para uma ala do partido, a entrada de Luciane Barbosa Farias (a “Dama do Tráfico”) nas dependências do ministério –sem que houvesse uma análise prévia de sua identidade– coloca em xeque a manutenção das atribuições que hoje estão sob o guarda-chuva da Justiça.

A avaliação é de que é preciso fortalecer as competências específicas da Segurança, como o combate ao crime organizado.

“Com uma equipe especializada no tema, um nome ligado às investigações contra o tráfico de drogas jamais passaria despercebido”, avaliou um integrante da legenda, sob reserva.

Luciane participou de duas audiências no ministério. Uma com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos. Outra com Rafael Velasco Brandani, secretário Nacional de Políticas Penais.

De acordo com o governo, ela se identificou como presidente de uma ONG e estava acompanhada de outras pessoas.

Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, líder do Comando Vermelho no estado e considerado o “criminoso número um” na lista de procurados pela polícia do Amazonas. Ela mesma foi condenada a dez anos de prisão, mas responde em liberdade.

O desmembramento da Justiça fez parte do programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas o plano acabou descartado ainda durante a transição do governo, no fim do ano passado.

Ao defender uma pasta única, Dino entrou em rota de colisão com ala petista que integrava o grupo de trabalho da Justiça e Segurança.

Após a posse, Lula chegou a admitir que a ideia sobre a separação não havia sido completamente rejeitada. A decisão, no entanto, ainda não tem prazo para ser tomada.

Via CNN

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