quinta-feira, novembro 21, 2024
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Ministério da Defesa promete aeronave “definitiva“ para dar apoio em terra Yanomami

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta segunda-feira (22) que a pasta vai apresentar até o fim da semana um projeto para atuação permanente das Forças Armadas na região da Terra Indígena Yanomami.

Mucio disse que a presença das Forças Armadas no apoio logístico das operações na região é essencial, devido às dificuldades de acesso. O ministro garantiu que apresentará um plano para intensificar a atuação do ministério no apoio das operações na Terra Indígena Yanomami.

“O coordenador dessa operação, o ministro da Casa Civil, o ministro Rui Costa, me pediu e eu vou apresentar, até o final dessa semana, uma proposta para que esse trabalho lá no Norte seja definitivo. Nós vamos ter que deixar uma aeronave definitiva, é uma coisa que nós vamos apresentar”, afirmou.

Múcio disse que o plano atende a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o governo atue em tempo integral na terra Yanomami.

“Há duas semanas o presidente [Lula] fez uma longa reunião com muitos ministros. Essa semana Rui Costa me cobrou, e eu estou chegando aqui, segunda-feira, cedo, para conversar com os comandantes do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, para ver a forma de nos apresentarmos ao governo uma solução definitiva”, disse.

“Dessa vez é uma proposta, não por uma solução de emergência. Vamos atender a uma emergência, mas dando características de uma solução definitiva”, completou.

A Folha de S.Paulo revelou que integrantes do governo afirmaram que o Ministério da Defesa se negou a disponibilizar aeronaves para levar uma comitiva de ministros à Terra Indígena Yanomami, no último dia 10.

Na data, as ministras Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Silvio Almeida (Direitos Humanos) foram a cidade Auaris, em Roraima, com o objetivo de acompanhar a crise humanitária no território.

Múcio afirmou que não houve uma negativa proposital do Ministério de aeronaves mas, sim, uma indisponibilidade de aeronaves no momento em que foram solicitadas.

“Evdentemente que nós não temos aviões nem helicóptero no estoque, na prateleira. Nós temos o mesmo número de aeronaves que temos já há alguns anos. Temos mais ministros, temos outras ações, essa questão de anormal precisa de atenção especial”, afirmou o ministro.

Múcio disse, também, ter um bom diálogo com os ministros que estiveram no território Yanomami, e que chegou a conversar com os mesmos durante a viagem. Mas que talvez tenha faltado esclarecer alguma coisa, para que o que estiver errado seja corrigido.

“Nesse dia que havia três ministros lá, eu falei durante a noite com eles. Mas a nossa disposição é estar permanentemente ajudando, porque o nosso papel é isso, não é por querer, porque é nossa obrigação. Eu acho que faltou uma pergunta para a gente esclarecer, eu sou um homem de diálogo, eu to pronto, e se tiver errado, corrigir”, pontuou.

A resposta do ministro acontece após a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) enviar um ofício ao Ministerio da Defesa pedindo esclarecimentos sobre a atuação das Forças Armadas contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e a proteção dos indígenas.

A CNN apurou que lideranças indígenas relatam ineficácia no controle do espaço aéreo, essencial para interromper o abastecimento do garimpo ilegal. Alguns dos problemas destacados pelo ofício da deputada, está a não correção das pistas de pouso e o fechamento de posto de suprimento de combustíveis em Palimiú.

Desde janeiro de 2023, o Ministério da Defesa integra a força-tarefa do Governo Federal no território Yanomami. Segundo a última divulgação feita pela ação, cerca de 1.400 militares da Marinha do Brasil, do Exército e da Aeronáutica foram empregados na operação.

As ações das Forças resultaram na realização de 3.029 atendimentos médicos aos indígenas e 205 evacuações aeromédicas. As Forças Armadas empregaram 17 aeronaves. O esforço aéreo das aeronaves militares somou cerca de 7,4 mil horas de voo, que equivale a mais de 40 voltas na terra ou, ainda, duas idas e vindas à lua.

Via CNN

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