sexta-feira, novembro 22, 2024
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Minissérie sobre assassinato de Ângela Diniz é anunciada pela HBO

A HBO anunciou, nesta sexta-feira (28), a produção de uma minissérie ficcional inspirada na vida e no assassinato de Ângela Diniz, nos anos 1970.

A série de seis episódios terá produção da Conspiração e será baseada no podcast “Praia dos Ossos”, da Rádio Novelo, que retrata a história de Ângela, uma mulher da alta sociedade que foi assassinada com quatro tiros por seu companheiro, Doca Street, que se recusava a aceitar a separação dos dois.

Mesmo que Doca confessasse o assassinato cometido na Praia dos Ossos, em Búzios, no Rio de Janeiro, ele foi tratado como a vítima durante boa parte do julgamento que se seguiu ao crime.

De acordo com Mariano Cesar, vice-presidente senior de estratégia de conteúdo e programação da WBD na América Latina: “Mesmo depois de quase 50 anos, a história do assassinato de Ângela Diniz ainda reverbera no imaginário brasileiro. É muito importante para nós na Warner Bros. Discovery poder continuar dando voz aos talentos locais para contar as histórias que impactam nosso público.”

“No contexto do true crime, um gênero que continua prendendo os espectadores, nos propomos a uma rigorosa seleção dos casos que contribuem para os grandes debates contemporâneos e buscamos nos associar com criadores de conteúdo que possam contá-los com sensibilidade e respeito por seus protagonistas”, acrescentou Cesar.

“Desde o momento que ouvimos o podcast pela primeira vez, antes mesmo dele ser publicado, em 2020, vimos que tínhamos um sucesso nessa adaptação. Ângela, essa mulher que viveu as suas próprias contradições e desafiou os limites, dela e da sociedade da época”, acrescentou Renata Brandão, CEO da Conspiração.

A série será dirigida por Andrucha Waddington e escrita por Elena Soárez, com produção executiva de Waddington, Lorena Bondarovsky, Renata Brandão, Mariano Cesar, Anouk Aaron e Monica Albuquerque.

Para o diretor Waddington, o projeto será “uma série de vida”.

“A vida de Ângela Diniz, uma mulher que nos anos 70, auge do machismo, ousou viver à sua maneira, totalmente sem medo dos preconceitos, julgamentos e opiniões. Ao mesmo tempo, será um lembrete incisivo de que só em 2023 o STF aboliu a infame tese da legítima defesa da honra, tantas vezes utilizada em favor de diversos crimes de feminicídio, como o que aconteceu com Ângela, pela oratória do advogado Evandro Lins e Silva na defesa de Doca Street”, falou Waddington.

Via CNN

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