quinta-feira, setembro 19, 2024
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Militares conquistam 5 das 7 medalhas do Brasil em Paris 2024

Pouco depois que o Brasil foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, em decisão anunciada em 2007, as Forças Armadas do Brasil, por meio do Ministério da Defesa, deram início ao Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR). A iniciativa, que teve início em 2008, foi uma maneira de incentivar os atletas que, no Brasil, têm encontrado dificuldade em manter patrocínios.

Nesta Olimpíada de Paris 2024, os integrantes do PAAR representam cerca de 35% da delegação brasileira, que levou 98 atletas militares em 21 modalidades. Das sete medalhas conquistadas até o momento, cinco foram por militares.

Outro atleta do programa é Caio Bonfim, que é sargento e conquistou a medalha de prata na marcha atlética de 20 km, a primeira na modalidade para o Brasil.

No dia 30, a ginástica artística alcançou o bronze com as sargentos Jade Barbosa, Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira. No dia 28, o sargento William Lima, do judô, conquistou a medalha de prata na categoria 66 kg. Outra judoca, Larissa Pimenta, também sargento, conquistou o bronze na disputa dos 52 kg.

No boxe, a peso-leve Beatriz Ferreira está na semifinal. Desta forma, a militar vai brigar pelo ouro, mas já garantiu medalha para o Brasil, já que não há repescagem e os semifinalistas da modalidade entram para a disputa com o bronze garantido.

Em seu blog, Murray Neto ressalta a importância da participação de toda a sociedade para o desenvolvimento do esporte no país.

“Não se constrói uma nação sem uma política de base que proporcione a massificação do esporte, desde o primário, até a Universidade, passando pelos clubes (centros formadores de atletas) e pelas Forças Armadas.”

Necessidade de bons resultados

O PRAAR auxilia atletas que já estão formados e competem com intensidade, com vistas ao desenvolvimento do esporte e a motivar a prática esportiva no país, entre outros objetivos. A iniciativa, que conta com 533 atletas, em 35 modalidades.

“Marinha, Exército e Aeronáutica buscam proporcionar as melhores condições de treinamento, tempo e espaço para dedicação total dos atletas aos treinos”, informa o portal do Ministério da Defesa.

Os requisitos para a inscrição de um atleta é a participação voluntária no processo de seleção, por meio dos editais publicados nos anos vigentes no site da Força Aérea Brasileira (FAB), segundo o portal do ministério.

“Um dos requisitos é que o atleta tenha bons resultados e tenha participado de competições nacionais e internacionais em sua modalidade”, relata o portal.

Além disso, é necessária a participação em todas as etapas do cronograma do edital, desde a inscrição, passando por concentração inicial, inspeção de saúde, concentração final e habilitação à incorporação.

O atleta então, começa a fazer o Estágio de Adaptação para Praças (EAP) com a duração de duas semanas. Nesta fase ele faz curso sobre Regulamentos Militares, Ordem Unida, Mídia Training, Ética Profissional Militar, Estatutos Militares, História da Aeronáutica, Legislações Militares, entre outros assuntos.

Concluída esta etapa, com direito a cerimônia de encerramento, o atleta torna-se Terceiro Sargento do Quadro de Sargentos da Reserva de Segunda Classe Convocados (QSCon), que pertence à Comissão de Desportos da Aeronáutica. E deverá, segundo o regulamento, cumprir com responsabilidade todas as missões da instituição. Entre elas, representá-la bem nos Jogos Olímpicos. De preferência, com medalhas.



Via Revista Oeste

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