sexta-feira, dezembro 20, 2024
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Milhares de entregadores da Amazon entram em greve nos EUA

Milhares de entregadores de sete centros de distribuição da Amazon nos Estados Unidos entraram em greve na manhã desta quinta-feira, 19, de acordo com o sindicato International Brotherhood of Teamsters. O número total de grevistas não foi divulgado.

Os motoristas são funcionários de empresas contratadas pela Amazon para entregar pacotes aos clientes. A varejista argumenta que não tem obrigação de negociar com os motoristas, já que eles não são seus empregados. No entanto, o sindicato afirma que a Amazon controla as condições de trabalho e, por isso, é obrigada a negociar com eles.

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB, na sigla em inglês) investigou alguns desses casos. Em resultado, o órgão reconheceu os motoristas como empregados da Amazon e acusou a empresa de violar a lei ao se recusar a negociar com eles.

O maior grupo de trabalhadores da gigante varejista está em um armazém de Staten Island, que emprega mais de 5 mil pessoas. Os funcionários desse armazém votaram pela sindicalização em 2022, mas a empresa contesta o resultado da eleição.

O logotipo da Amazon no Amazon Fulfillment Center, durante uma turnê de mídia antes da temporada de férias em Tepotzotlan, México - 13/12/2023 | Foto: Gustavo Graf/Reuters
O logotipo da Amazon no Amazon Fulfillment Center | Foto: Gustavo Graf/Reuters

Amazon costuma terceirizar entregas

Nos centros de distribuição, a Amazon geralmente contrata várias empresas terceirizadas para fazer as entregas. Os Teamsters, então, abordam cada firma individualmente para que assinem sua filiação ao sindicato. Na maioria dos casos, os proprietários das empresas ainda não assinaram.

“Quase todos os que você vê aqui são de fora — não são funcionários ou parceiros da Amazon — e qualquer sugestão em contrário é apenas mais uma mentira dos Teamsters”, alegou a empresa, em comunicado, referindo-se aos manifestantes em frente aos centros de distribuição. “Eles não conseguiram apoio suficiente de nossos funcionários e parceiros e trouxeram pessoas de fora para assediar e intimidar nossa equipe.”

Os Teamsters haviam estabelecido o prazo de 15 de dezembro para que a empresa começasse a negociar com os motoristas e funcionários dos armazéns. Eles começaram a greve depois de o gigante varejista não cumprir o prazo.

“Se o seu pacote atrasar durante as festas de fim de ano, culpe a insaciável ganância da Amazon”, afirmou Sean O’Brien, presidente dos Teamsters, em comunicado. “Demos à Amazon um prazo claro para sentar à mesa e fazer o que é certo para nossos membros, mas eles ignoraram.”

Via Revista Oeste

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