Milhares de colombianos saíram às ruas no domingo 21 para, mais uma vez, protestar contra a agenda de reformas do presidente esquerdista Gustavo Petro. As manifestações ocorreram em diversas cidades, inclusive na capital. Os manifestantes encheram a Praça Bolívar, em frente ao palácio presidencial em Bogotá.
O jornal colombiano El Espectador informou que cerca de 250 mil saíram às ruas no domingo para protestar contra as medidas de Petro. Outros veículos de comunicação falaram em até 500 mil pessoas.
Embora os protestos sejam uma constante desde que o ex-guerrilheiro de esquerda assumiu o cargo, em 2022, eles ganharam força recentemente. Petro sugeriu a possibilidade de mudar a Constituição para estimular reformas sociais que não têm avançado frente à oposição de um Congresso hostil e de grupos empresariais conservadores.
Petro sofreu recentemente uma derrota importante quando o Congresso se recusou a aprovar legislação para aumentar o controle estatal sobre sistema de saúde do país, com vistas a melhorar o atendimento e reduzir custos.
Em resposta, Petro determinou por decreto a aquisição de duas das principais seguradoras de saúde do país, das quais dependem milhões de colombianos.
“Fora, Petro”: colombianos levaram faixas pedindo renúncia do presidente
As manifestações na Colômbia foram convocadas por grupos da oposição e começaram por volta de 9h em ao menos 20 cidades colombianas. Os protestos reuniram pessoas de todas as idades, e vários setores marcaram presença, incluindo organizações médicas, caminhoneiros e antigos aliados.
Em Cali, Medellín — onde 350 mil pessoas saíram às ruas, segundo a Procuradoria Distrital —, Barranquilla, Bucaramanga e outras cidades, os manifestantes se juntaram com bandeiras colombianas, camisetas brancas e um grito uníssono: “Fora, Petro!”
Segundo a AFP, a chuva não deteve os manifestantes e dezenas de milhares avançaram em direção à Plaza de Bolivar, vizinha à sede presidencial.
Além de protestarem contra a violência que continua apesar das negociações de paz com grupos armados, parte do plano “Paz Total”, os manifestantes criticam os planos de Petro para nacionalizar o serviço de saúde e outras iniciativas de reforma.
Redação Oeste, com informações da Agência Estado