O presidente da Argentina, Javier Milei, que fez do corte de gastos públicos sua principal meta, vetou a reforma do sistema de aposentadorias e pensões idealizada pela oposição.
Milei alegou que a implementação da lei iria desequilibrar as contas fiscais. O governo publicou um decreto em que diz que a mudança criaria a necessidade de financiamento extra, seja por dívida pública, seja por aumento de impostos.
Senado aprovou reforma das aposentadorias
O Senado aprovou um aumento de mais de 8% nas aposentadorias e um mecanismo de ajuste automático pela inflação. Milei classificou a proposta como um “ato de populismo demagógico” e decidiu vetá-la.
Apesar disso, a oposição planeja insistir na proposta no Congresso, onde vai precisar de dois terços dos votos em ambas as Câmaras para obter aprovação.
Críticas da oposição de Milei na Argentina
Além do aumento nas aposentadorias, a lei exigia que o Estado quitasse dívidas com várias províncias e aposentados que venceram processos judiciais.
A oposição criticou fortemente o veto e argumentou que, desde 2017, os aposentados perderam 45% de seu poder de compra. Em resposta, o governo anunciou um bônus de 70 mil pesos (aproximadamente R$ 400) para aposentados e pensionistas.