O governo de Javier Milei afirmou, nesta sexta-feira, 19, que houve fraudes no sistema de pensões por invalidez e deficiência na Argentina. De acordo com Manuel Adorni, porta-voz da Casa Rosada, a corrupção teria ocorrido em gestões anteriores.
Uma auditoria realizada pelo governo argentino descobriu que houve um prejuízo de U$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 18,8 bilhões) no ano passado.
Fraudes descobertas pelo governo Milei
Ainda segundo a Casa Rosada, de 2003 a 2023, o número de pensões concedidas aumentou de 79 mil para mais de 1,2 milhão — período em que prevaleceram governos de esquerda, com exceção do mandato de Mauricio Macri.
Manuel Adorni ainda mencionou que 25 mil pessoas recebem a pensão e continuam trabalhando. Além disso, há incompatibilidades em outros 65 mil casos, em que beneficiários possuem propriedades no exterior e aviões privados.
Na Direção de Cultura e Educação de Buenos Aires, por exemplo, cerca de 65% dos 683 empregados que recebem a pensão conseguiram o benefício em apenas 30 dias, enquanto a média é superior a dois anos.
Na Província de Chaco, um mesmo raio-X de ombro foi usado em 150 casos diferentes. Em Corrientes, um exame feito em um cachorro foi apresentado como prova de invalidez.
A Justiça da Argentina investiga o esquerdista Alberto Fernández, antecessor de Milei. Ele é acusado de desviar verba pública. Em abril, a Corte bloqueou seus bens e quebrou seu sigilo bancário.