A Microsoft afirmou nesta sexta-feira, 19, que a causa do apagão global, que atingiu aeroportos, bancos e sistemas de transporte, foi consertada. No entanto, 365 aplicativos da companhia ainda sofrem os impactos da falha.
Mais cedo, a empresa havia emitido um comunicado no qual informou que todos seus serviços foram afetados depois de uma falha no sistema da Azure, sua plataforma de computação em nuvem.
A Azure utiliza uma ferramenta de segurança chamada Falcon, da empresa de cibersegurança CrowdStrike, capaz de detectar e monitorar invasões por hackers. Uma falha nesse sistema é o que teria provocado o apagão mundial.
Apagão aconteceu durante atualização de conteúdo
O CEO da CrowdStrike, George Kurz, disse que o problema ocorreu devido a um “defeito na atualização de conteúdo” da Falcon, e não por conta de um ataque cibernético. A falha ocorreu em uma atualização para servidores Windows.
“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com seus clientes impactados por um defeito encontrado numa única atualização para servidores Windows”, escreveu Kurz, em uma rede social.
“Servidores Mac e Linux não foram afetados”, acrescentou. “Isto não foi um incidente de segurança nem um ciberataque. O problema foi identificado, isolado, e o processo para consertá-lo está em andamento.”
Em entrevista à rede americana NBC, Kurtz afirmou que o foco, neste momento, está em recuperar os sistemas danificados pela queda generalizada.
Segundo o empresário, a companhia está trabalhando em parceria com todos os seus clientes para que os sistemas voltem a funcionar o mais rápido possível. Ele garantiu que apenas os computadores da Microsoft foram afetados.
Os sistemas operacionais Linux e MacOS não tiveram instabilidade ao longo da manhã.
A falha cibernética provocou interrupções em diversos setores ao redor do mundo, especialmente na Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.
Voos foram cancelados, transmissões de TV foram interrompidas e até marcações de consultas médicas foram afetadas.