O presidente da Microsoft, Brad Smith, voltou atrás no que disse sobre o Reino Unido na época do bloqueio do acordo de aquisição da Activision Blizzard. O executivo, que havia expressado insatisfações com o regulador do país em abril de 2023, afirmou na segunda-feira (1) que o órgão foi “duro e justo”.
Na época, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), regulador antitruste da Grã-Bretanha, bloqueou o acordo da Microsoft com a empresa de games por conta dos jogos em nuvem, que dominariam o setor e minimizariam a concorrência. A medida obrigou a big tech a reestruturar a proposta.
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O que disse o CEO da Microsoft
Brad Smith falou em entrevista ao programa Today, da BBC Radio 4, do Reino Unido. O executivo afirmou que, desde as críticas à CMA em abril do ano passado, aprendeu muito pessoalmente e não recuaria nas preocupações que levantou na época, mas escolheria palavras diferentes.
Smith destacou que o órgão “manteve um padrão rígido” e que respeita isso.
Na minha opinião, foi difícil e justo. Isso pressionou a Microsoft a mudar a aquisição que havíamos proposto para a Activision Blizzard, para distribuir certos direitos que preocupavam a CMA em relação aos jogos em nuvem.
Brad Smith
Nas afirmações anteriores, o presidente da Microsoft havia dito que sua confiança no Reino Unido havia sido “severamente abalada” depois do bloqueio em abril e que a União Europeia era um lugar mais atraente para fazer negócios do que o país.
Vale lembrar que o Reino Unido não faz parte da União Europeia. Na região, a Microsoft também foi investigada por um suposto truste envolvido no acordo, reportado pelo Olhar Digital aqui.
Relembre o caso e o que mudou no acordo da Microsoft e Activision Blizzard
- O bloqueio do Reino Unido ao acordo de mais de US$ 68 bilhões entre Microsoft e Activison Blizzard girava em torno do mercado de jogos em nuvem.
- Em abril de 2023, quando bloqueou o negócio, a CMA afirmou que a aquisição poderia gerar um monopólio no setor.
- Isso porque a big tech já detinha de 60 a 70% de participação no segmento e adicionar outros grandes títulos, como Call of Duty, daria uma vantagem ainda maior e enfraqueceria a concorrência.
- A decisão fez a Microsoft reestruturar o acordo abrindo mão dos direitos dos jogos em nuvem e finalmente conseguiu a aprovação do país em outubro. Na União Europeia, a aprovação aconteceu em maio do ano passado.
O que diz o órgão regulador do Reino Unido
Apesar das afirmações de Brad Smith, o site The Verge relatou que a CMA não ficou surpresa com a Microsoft.
De acordo com a CEO do órgão, Sarah Cardell, em outubro do ano passado, a empresa já havia tido a chance de reestruturar a proposta durante a investigação inicial, mas insistiu em um acordo que não seria aprovado. Ela complementou que a opção da companhia em arrastar o processo apenas “desperdiça tempo e dinheiro”.
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