quinta-feira, novembro 21, 2024
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Microplásticos podem se alojar no cérebro, alertam cientistas

Cientistas da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, descobriram que os microplásticos estão abrindo caminho até as nossas cabeças. Uma vez ingeridas, as partículas migram do intestino aos tecidos dos rins, fígado e cérebro. Um artigo foi publicado na revista Environmental Health Perspectives.

Entenda:

  • Cientistas descobriram que os microplásticos presentes em alimentos e na água são capazes de migrar do intestino até os rins, fígado e cérebro;
  • A equipe acredita que as pessoas consomem cerca de 5 gramas de microplásticos toda semana;
  • Durante quatro semanas, os investigadores deram água potável com uma concentração semanal de 4 miligramas de microplásticos a camundongos;
  • Ao fim do período do experimento, os camundongos saudáveis passaram a apresentar mudanças físicas pela ingestão das partículas;
  • Agora a equipe busca analisar a relação entre a dieta dos seres humanos e a absorção de microplásticos;
  • O estudo foi publicado na revista Environmental Health Perspectives.
(Imagem: Sansoen Saengsakaorat/Shutterstock)

A equipe estima que as pessoas ingerem cerca de 5 gramas de microplásticos por semana. “Ao longo das últimas décadas, foram encontrados microplásticos no oceano, em animais e plantas, na água da torneira e na água engarrafada”, diz Eliseo Castillo, especialista em imunologia de mucosas e integrante do estudo.

Ingestão de microplásticos pode causar alterações físicas

Ao longo de quatro semanas, os cientistas deram água potável com uma concentração semanal de 4 miligramas de microplásticos a camundongos. Como explicam os investigadores no estudo, acredita-se que os humanos ingerem a mesma quantidade de partículas semanalmente.

(Imagem: xalien/Shutterstock)

Além de detectarem a migração para fígado, rins e cérebro, os cientistas também descobriram que os microplásticos alteraram as vias metabólicas dos tecidos. Os camundongos que estavam saudáveis antes do experimento apresentaram mudanças físicas após a ingestão das partículas.

Agora, a equipe de Castillo busca investigar como a alimentação pode estar envolvida na absorção de microplásticos. “A dieta de cada pessoa é diferente. Então, o que vamos fazer é dar a esses animais de laboratório uma dieta rica em colesterol e gordura, ou uma dieta rica em fibras, e eles serão expostos ou não a microplásticos. O objetivo é tentar perceber se a alimentação afeta a absorção de microplásticos pelo nosso corpo.”

Via Olhar Digital

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