sábado, fevereiro 22, 2025
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Meta vai encerrar checagem de fatos nas redes – e Elon Musk acha isso legal

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou, na terça-feira (07), que a big tech vai encerrar o programa de checagem de fatos nas suas plataformas (Instagram e Facebook, por exemplo) para “restaurar a liberdade de expressão”. E tanto Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), quanto Linda Yaccarino, CEO da rede social, elogiaram a mudança.

Em postagem no X repercutindo o assunto, Musk disse: “Isso é legal”. Já Linda disse que a mudança “É uma jogada inteligente do Zuck”. O programa de checagem de fatos vai ser substituído por um sistema de “notas da comunidade” inspirado no usado pelo X.

Confira abaixo as postagens de Musk e Linda sobre a mudança na política da Meta:

(Depois, o bilionário repercutiu postagens que ironizavam manchetes relacionadas ao assunto – veja exemplos clicando aqui e aqui.)

“A checagem de fatos e a moderação não pertencem às mãos de alguns poucos guardiões selecionados que podem facilmente injetar seu viés nas decisões. É um processo democrático que pertence às mãos de muitos.

E como vimos no X desde que as Notas da Comunidade estrearam, elas são profundamente bem-sucedidas ao mesmo tempo em que mantém a liberdade de expressão sagrada.

É uma jogada inteligente do Zuck e algo que espero que outras plataformas sigam agora que o X mostrou o quão poderoso ele é. Bravo!”

Outras reações

Redes sociais da Meta
Mudança na Meta anunciada por Zuckerberg é uma das mais radicais na política da empresa nos últimos anos (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Em sua fala, Zuckerberg criticou a América Latina pelo que chamou de “Cortes secretas“. Segundo o CEO, elas obrigam empresas a derrubarem conteúdos. Há quem interprete que isso foi uma referência velada ao Brasil por conta do embate entre Musk e Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao X em 2024.

Membros do STF rechaçaram, de maneira reservada, a afirmação de Zuckerberg sobre as tais “Cortes secretas”, segundo o jornal O Globo. Eles também avaliaram que o embate recente entre Musk e o STF impôs novas barreiras para a circulação de desinformação nas redes sociais.

Ainda de acordo com o jornal, o advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que a mudança de política da Meta intensifica a “desordem informacional”. Para Messias, ela reforça a necessidade de uma nova regulamentação das redes sociais no Brasil.

Robert Reich – professor na Universidade da Califórnia e ex-secretário do Trabalho dos EUA – ponderou, numa postagem no X, se a mudança na Meta tem relação com o processo antitruste da FTC (Federal Trade Comission) contra a big tech. Leia abaixo:

“Zuckerberg descartou a verificação de fatos das plataformas Meta. Ele também incluiu Dana White, aliado de Trump, ao conselho da Meta e está ajudando a financiar sua posse.

Por que ele está beijando o anel de Trump?

Talvez seja por causa do processo antitruste da FTC (Federal Trade Commission) contra sua empresa.

Siga o dinheiro.”

O fim do programa de checagem de fatos nas plataformas da Meta também foram assunto da coluna Fala AI da edição de terça do Olhar Digital News. Confira abaixo o que Roberto “Pena” Spinelli, físico pela USP com especialidade em Machine Learning por Stanford e pesquisador na área de IA, falou sobre o assunto:

(Você também pode se aprofundar nesta mudança da Meta ouvindo a edição desta quarta-feira, 08, do podcast O Assunto, do G1.)

Via Olhar Digital

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