sexta-feira, outubro 4, 2024
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Meta é acusada de tornar jovens viciados em redes sociais

Em 2021, uma ex-diretora da Meta revelou que a empresa omitiu um relatório que constatou que o Instagram era prejudicial para a saúde psicológica de adolescentes. A revelação contribuiu para minar a imagem da empresa, que já vinha sendo alvos de críticas de entidades da sociedade civil de vários países.

Agora, a empresa está no centro de outra enorme polêmica envolvendo a maneira como lida com os usuários mais jovens. A Meta está enfrentando uma ação judicial movida por uma coalização formada por 41 dos 50 estados americanos. 

O processo acusa a gigante da tecnologia de coletar dados de menores de 13 anos diariamente, o que viola a legislação local de privacidade infantil dos EUA. Outro argumento é que a empresa ignora estudos e pesquisas internas — conduzidas pela própria empresa — que alertam para os riscos do uso de redes sociais por pessoas jovens.

De acordo com documentos anexados ao processo obtidos pelo Wall Street Journal, a gigante da tecnologia explorou características da psicologia adolescentes que os torna “predispostos a impulsos, pressão dos colegas e comportamentos de risco potencialmente prejudiciais”.

O processo está sendo movido desde o final de outubro, mas só agora os documentos que embasam a denúncia estão se tornando públicos. Novamente, a empresa volta ao centro de uma polêmica sobre a maneira como vem lidando com os dados de seus usuários.

Um dos fatos mais citados na ação ajuizada no tribunal da Califórnia, é o da trágica morte de Molly Russell, jovem de 14 anos que, segundo as investigações de autoridades britânicas, morreu por uma ato de automutilação enquanto passava por um quadro de depressão e “efeitos negativos de conteúdos online”.

O inquérito revelou que a jovem teve fácil acesso a centenas de conteúdos de automutilação em redes sociais controladas pela Meta, o que pode ter contribuído para agravar sua saúde. No ano passado, um dos investigadores responsáveis pelo caso afirmou que a a jovem foi exposta a conteúdos impróprios recomendados pelos algoritmos das plataformas da empresa sem necessariamente buscar por eles.

 

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