A Meta intensifica seus esforços em realidade virtual e aumentada, com investimentos que devem ultrapassar US$ 100 bilhões (cerca de R$ 580,8 bilhões) até o final deste ano.
CEO da empresa, Mark Zuckerberg afirmou que 2025 será um “ano decisivo” para o avanço dos óculos inteligentes da marca, que estão no centro de suas estratégias futuras.
No ano passado, a divisão Reality Labs, da Meta, recebeu um aporte de US$ 19,9 bilhões (cerca de R$ 115,5 bilhões) — um novo recorde depois de uma década de grandes perdas. Esta divisão é responsável por produtos como os óculos Ray-Ban Meta, que venderam 1 milhão de unidades em 2024, e os headsets VR Quest.
Investimentos em realidade virtual e aumentada
Desde a aquisição da Oculus, em 2014, a Meta já investiu mais de US$ 80 bilhões (cerca de R$ 464,6 bilhões) em realidade virtual e aumentada, conforme estimativas de analistas e cálculos do Financial Times.
Espera-se que mais de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 116,1 bilhões) sejam adicionados a esse montante em 2025. Isso mostra o compromisso contínuo da empresa com essas tecnologias.
A Meta busca criar uma nova plataforma de computação que eventualmente substitua smartphones, reduzindo sua dependência de dispositivos da Apple e do Google. Como parte dessa visão, a empresa desenvolve óculos de realidade aumentada mais sofisticados, como o protótipo Orion, revelado em setembro.
Desafios e oportunidades para a Meta
Em 2024, a Reality Labs gerou US$ 2,1 bilhões (cerca R$ 12,1 bilhões) em receita. Por outro lado, as perdas operacionais atingiram US$ 17,7 bilhões, um aumento de 10%.
Zuckerberg mencionou uma mudança de foco e afirmou priorizar os avanços em óculos inteligentes com tecnologia de inteligência artificial.
“Este será um ano decisivo, que determinará se estamos no caminho para muitas centenas de milhões e, eventualmente, bilhões de óculos de IA, sendo eles a próxima plataforma de computação como temos falado há algum tempo — ou se isso será uma jornada mais longa”, afirmou.