sexta-feira, novembro 22, 2024
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Meta derruba (mais uma) rede de contas falsas da China

A Meta derrubou uma rede de contas falsas que se passavam por famílias de militares dos Estados Unidos e ativistas anti-guerra. As contas falsas no Facebook e no Instagram eram da China e miravam o público estadunidense, segundo os pesquisadores de segurança da big tech.

Para quem tem pressa:

  • A Meta desmantelou mais uma rede de contas falsas originárias da China, que se faziam passar por familiares de militares dos EUA e ativistas anti-guerra nas plataformas Facebook (33 contas, seis páginas e seis grupos) e Instagram (quatro páginas);
  • Essas contas focavam em influenciar o público estadunidense, abordando temas militares e políticas externas dos Estados Unidos em relação a Taiwan, Israel e Ucrânia;
  • Além das plataformas da Meta, o grupo operava contas no YouTube e no Medium. Embora a origem das contas tenha sido identificada como chinesa, a Meta não associou diretamente a campanha a uma entidade ou grupo específico na China;
  • O líder de inteligência de ameaças globais da Meta, Ben Nimmo, destacou um aumento nas operações de influência originárias da China ao longo do último ano. Desde 2017, a Meta derrubou dez redes de comportamento inautêntico coordenado (CIB) vindas da China – seis ocorreram em 2023;
  • Os pesquisadores da Meta alertam para a possibilidade de novas tentativas deste tipo antes das eleições presidenciais dos EUA em 2024, ressaltando a importância de figuras públicas verificarem informações antes de compartilhá-las.

A empresa detalhou as remoções em seu relatório mais recente sobre comportamento inautêntico coordenado (CIB). As contas postavam sobre porta-aviões dos EUA e outros “assuntos militares”, bem como “críticas à política externa dos EUA em relação a Taiwan e Israel e seu apoio à Ucrânia”, informou a empresa. O grupo era relativamente pequeno: 33 contas, seis páginas e seis grupos no Facebook; e quatro páginas no Instagram.

Contas falsas no Facebook e Instagram

Facebook Instagram
(Imagem: frank333/Shutterstock)

O grupo também gerenciava contas no YouTube e no Medium e compartilhava uma petição online “alegando ter sido escrita por americanos para criticar o apoio dos EUA a Taiwan”, segundo a Meta.

Apesar dos pesquisadores da empresa terem apontado que as contas tinham origem na China, não atribuíram o esforço a uma entidade ou grupo específico. O líder de inteligência de ameaças globais da Meta, Ben Nimmo, disse que houve um aumento nas operações de influência baseadas na China no último ano.

“A maior mudança no contexto de ameaças tem sido essa emergência de operações de influência chinesas”, disse Nimmo, durante chamada com jornalistas. Ele informou que a Meta derrubou dez redes de CIB originárias da China desde 2017.

Deste total, seis remoções ocorreram no último ano. No final de agosto, por exemplo, a Meta descobriu e removeu uma rede de milhares de contas falsas que tentavam espalhar mensagens de propaganda pró-China na plataforma. Em ambos os casos, as contas falsas aparentemente não tiveram sucesso em espalhar sua mensagem.

Ainda assim, os pesquisadores da Meta observam que tentativas como essa provavelmente continuarão antes das eleições presidenciais de 2024. Eles acrescentam que pessoas com grandes audiências devem ter cuidado ao compartilhar informações não verificadas.

“Nossa pesquisa de ameaças mostra que, historicamente, a principal maneira de as redes de CIB chegarem a grupos é quando conseguem cooptar pessoas reais – políticos, jornalistas ou influenciadores – e acessar suas audiências”, aponta o relatório.

Via Olhar Digital

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