Nesta quinta-feira (5), às 23h14, Mercúrio iniciará uma fase que os astrônomos chamam de “conjunção solar inferior”, passando entre a Terra e o Sol, de quem vai se aproximar a 0,31 unidades astronômicas (UA) – o equivalente a cerca de 46,5 milhões de km.
De acordo com o guia de observação astronômica In-The-Sky.org, isso acontece uma vez em cada ciclo sinódico do planeta, que é o período necessário para ele chegar à mesma posição em relação ao Sol, quando observado a partir do nosso planeta – que no caso de Mercúrio é de 116 dias.
Na aproximação máxima com o Sol, Mercúrio vai estar em uma separação de apenas 1º23′ do astro, tornando-se inobservável por um longo período, enquanto estiver imerso na luminosidade solar. Essa fase marca o “desaparecimento” do planeta no céu noturno e sua transição para se tornar um objeto matinal nas próximas semanas.
Quando Mercúrio volta a aparecer no céu?
Mas, quando ele volta a poder ser observado? Segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital, Mercúrio retorna à paisagem celeste por volta do dia 15.
Ele também passará pelo perigeu – seu ponto mais próximo da Terra – quase ao mesmo tempo, atingindo uma distância de 0,68 Unidades Astronômicas (UA) de nós.
Isso significa que o menor planeta do Sistema Solar estará a “apenas” 102 milhões de km de distância da Terra, o que o deixaria muito maior às nossas vistas, caso pudesse ser observado.
Vale ressaltar ainda que, nesse mesmo dia, Mercúrio estará finalizando um processo popularmente chamado de “movimento retrógrado” – entenda aqui.