Pesquisadores realizaram a primeira avaliação em larga escala sobre como o mercúrio afeta anfíbios adultos nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revista Environmental Science and Technology e indicam que alguns animais, caso das salamandras, podem ficar intoxicados.
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Contaminação por mercúrio
- O mercúrio é um metal líquido à temperatura ambiente e altamente tóxico.
- Já o metilmercúrio, uma das formas mais tóxicas do metal, é produzida por micróbios que vivem na água e entram em contato com a substância contaminante.
- A substância é também o tipo mais “biodisponível” de mercúrio, o que significa que ele é mais absorvido por organismos vivos.
- Geralmente, ele contamina água ou alimentos e, assim, entra na cadeia alimentar.
- A substância se acumula nos animais à medida que eles continuam a se alimentar, um processo chamado de bioacumulação.
- Com o passar do tempo, ela se torna altamente tóxica para vertebrados, desde os humanos até os anfíbios.
- As informações são do UOL.
Animais correm risco de extinção
Durante o estudo, pesquisadores analisaram a quantidade de mercúrio presente em amostras de 14 espécies e 26 populações de anfíbios. Eles encontraram uma alta variação na concentração da substância nos animais.
Enquanto em alguns representantes das espécies o metal era quase indetectável, em outros os níveis ultrapassaram a referência do que é considerado prejudicial à saúde. Com isso, a maior medição foi 33 vezes o valor da menor.
A quantidade de metilmercúrio em anfíbios variou de local para local. Além disso, outros fatores influenciaram a concentração da substância, como a dieta, o tamanho e o sexo.
No entanto, três espécies de salamandras tiveram as maiores concentrações: a Necturus beyeri, a Necturus maculosus e a Eurycea bislineata. Já algumas espécies de sapos tiveram os níveis mais baixos de mercúrio, como Rana clamitans, Rana pretiosa e Anaxyrus boreas.
Os resultados deixam os cientistas em alerta, uma vez que os anfíbios são o grupo de vertebrados mais ameaçado do mundo, com cerca de 41% das espécies estão sob risco de extinção. Até agora, relatórios da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN) apontavam que a perda de habitat era a maior ameaça a esses animais.
Agora, os pesquisadores querem identificar quais populações de anfíbios estão correndo os maiores riscos de contaminação e que tipo de doenças a substância pode causar.