Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) enxergam piora da inflação para o ano que vem. É o que revela o Boletim Focus desta segunda-feira, 15.
Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa passou a 3,90% em 2025, ante os 3,88% da semana passada. Para este ano, no entanto, a projeção caiu de 4,02% para 4%. Em 2026 e 2027, os especialistas continuam esperando inflação de 3,60% e 3,50%, respectivamente.
Já as estimativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA subiram de 3,96% para 4,11%, possivelmente devido à recente alta da gasolina pela Petrobras.
Para o IGP-M, as projeções subiram este ano, avançando de 3,40% para 3,42%, enquanto a estimativa para 2025 continuou em 3,90%. Para 2026, a projeção de inflação subiu de 3,80% para 3,84% e a de 2027 subiu de 3,68% para 3,70%.
Para a taxa básica de juros, a expectativa permaneceu inalterada. Os analistas projetam a Selic em 10,50% ao fim de 2024, 9,50% em 2025 e 9% em 2026 e 2027.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, o mercado elevou ligeiramente a expectativa de 2,10% para 2,11% esta semana. Para os próximos anos, a projeção para o indicador não teve alteração: 1,97% em 2025 e 2% para 2026 e 2027.
Projeções do mercado pioram para dólar e resultado primário
A mediana das projeções para o dólar subiu de R$ 5,20 para R$ 5,22 em 2024. No entanto, as de 2025 e de 2026 permaneceram em R$ 5,20. A estimativa para 2027 subiu de R$ 5,20 para R$ 5,21.
A projeção para o resultado primário em 2024 se manteve em -0,70% do PIB pela terceira semana consecutiva. A estimativa para 2025 piorou, passando de -0,61% do PIB para -0,66% do PIB.
Para 2026, a expectativa passou de -0,50% do PIB para um déficit de -0,60% do PIB. Já para 2027, se manteve em déficit de -0,50% do PIB.