A erupção do vulcão Tonga, em 2022, quebrou vários recordes e foi uma das mais intensas dos últimos anos. Mas apesar das enormes quantidades de dados sísmicos gerados pela explosão, os cientistas ainda não sabem ao certo o que causou um fenômeno de tão grande magnitude. Um mistério que pode ter sido revelado por um novo estudo.
Quantidade colossal de energia foi liberada
Pesquisadores usaram técnicas que foram desenvolvidas para medir a força de explosões subterrâneas para analisar a erupção. A conclusão foi que a erupção foi causada pela liberação de uma energia equivalente a cinco das maiores explosões nucleares subterrâneas conduzidas pela Coreia do Norte em 2017.
A equipe sugere que houve uma explosão, possivelmente devido a uma rocha comprimida por gás, que fez com que a água acima do vulcão fosse lançada. Isso, por sua vez, aliviou a pressão sobre a rocha, fazendo com que ela “ricocheteasse” com uma força incrível.
A conclusão é surpreendente, uma vez que se pensava que a interação do magma quente com a água fria do mar causava erupções vulcânicas subaquáticas tão massivas. Apesar disso, os pesquisadores admitem que seu modelo permanece “discutível”, mesmo que todos os cálculos apontem que é “viável”. As conclusões foram apresentadas em estudo publicado na revista Geophysical Research Letters.
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Erupção histórica
- A erupção do vulcão aconteceu no dia 15 de janeiro de 2022 e causou a destruição quase imediata de 5% da camada de ozônio na região do Pacífico.
- Além disso, a força da explosão desencadeou o primeiro megatsunami conhecido desde a antiguidade.
- As ondas chegaram aos 90 metros de altura, nove vezes maiores que o tsunami que devastou o Japão em 2011.
- A força da explosão ainda causou a tempestade de raios mais intensa já registrada, com 2,6 mil raios por minuto, que pôde ser observada do Espaço e afetou o funcionamento de vários satélites.
- A enorme erupção também foi responsável por resfriar as temperaturas na estratosfera tropical em 4°C.