O cardiologista Roberto Kalil, médico de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que causam indignação as teorias da conspiração levantadas nas redes sociais sobre o acidente sofrido pelo petista no último sábado, 19, no Palácio da Alvorada.
“Nem eu, nem o presidente, nem o corpo médico que o assistiu no sábado e nem o Sírio-Libanês participaríamos de uma farsa, isso causa indignação”, disse Kalil ao jornal O Globo. “Tenho mais de 30 anos de experiência, ajo com transparência e é inaceitável que suspeitas desse tipo ganhem espaço.”
A informação oficial diz que Lula caiu de um banquinho enquanto cortava as unhas, bateu a nuca e sofreu um traumatismo craniano na região. Ele foi encaminhado à unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês. No entanto, teorias sugerem que esta história é apenas uma tramoia para justificar sua ausência na Cúpula do Brics, que começou na terça-feira 22.
Segundo a teoria, o petista anteviu que o encontro poderia arranhar sua imagem pelo teor antiocidental do encontro, que reuniu o russo Vladimir Putin, o chinês Xi Jinping e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, bem como representantes da ditadura cubana. No entanto, Lula participou da cúpula de forma remota.
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Deputado aciona PGR e PF para investigar acidente de Lula
O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) apresentou à Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira, 24, dois requerimentos para investigar o acidente doméstico do presidente Lula.
Os requerimentos solicitam a investigação pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Polícia Federal (PF). Segundo o parlamentar, a divulgação de “informações divergentes” sobre a queda de Lula “levanta dúvidas quanto à possível manipulação ou ocultação de informações por parte da Presidência da República ou de sua assessoria”.
“A primeira versão do governo informou que o presidente escorregou, porém, surgiram relatos divergentes sobre o ocorrido, incluindo a versão de que um dos pés de um banco teria quebrado, levando à queda”, relatou Melo. “Apesar de ter sido divulgado que o presidente não sofreu maiores complicações, a falta de clareza nas versões apresentadas sobre o acidente gerou questionamentos sobre o real estado de saúde do chefe do Executivo e a integridade das informações transmitidas à população.”
Para o parlamentar, a suposta tentativa de ocultação de informações seria extremamente prejudicial para a confiança da população. “A clareza é fundamental para manter a confiança pública”, afirmou Melo. “Qualquer dúvida ou omissão deve ser investigada para que possamos garantir a verdade.”