quinta-feira, julho 4, 2024
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MEC erra (de novo) e universidades anulam lista de espera do Sisu

Universidades e institutos federais anularam ou adiaram a lista de aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As mudanças ocorreram em razão de erros consecutivos do Ministério da Educação (MEC), comandado por Camilo Santana.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, cerca de 20 instituições em todo país tiveram problemas nas convocações para essa etapa de “repescagem”. Esta última seleciona quem não foi aprovado na primeira chamada em janeiro, quando outra falha já havia levado à divulgação de resultados errados.

Dentre as instituições com problemas estão a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Universidades apagam lista já divulgada

A relação dos convocados começou a ser liberada na última sexta-feira, 16. A universidade na Bahia, por exemplo, divulgou a lista de aprovados quando a pasta de Camilo Santana enviou às instituições os nomes dos classificados. Na quarta-feira 21, porém, a lista foi apagada.

“Comunicamos aos candidatos do processo seletivo Sisu 2024, inscritos na lista de espera, sob responsabilidade do Sisu, que por motivos técnicos, será substituída”, afirmou a instituição em seu site. “Assim que os novos dados forem recebidos e atualizados, faremos nova divulgação.”

A mesma situação foi registrada na UFG. A instituição goiana teve que apagar a lista dois dias depois de já divulgada, na segunda-feira 19. A universidade declarou que a publicação anterior “perde sua validade para todos os efeitos, ainda que a confirmação da vaga tenha sido realizada pelo candidato aprovado”.

Na UFSM, a lista havia sido apresentada na terça-feira 20 e foi retirada do ar para nova publicação. Em seu site, a universidade do interior gaúcho orientou os candidatos a conferir seus nomes novamente.

Outras unidades tiveram problemas, como os institutos federais de Amazonas, de Pernambuco e do Sul de Minas Gerais. Todas relatam ainda estar aguardando pelos levantamentos.

Além de o reprocessamento das listas ter alterado a classificação dos candidatos, uma outra lista provisória foi liberada de maneira indevida, e mostrou como aprovados os estudantes que sequer se classificaram para as vagas que tentaram.

O Sisu oferece vagas em universidades federais a partir da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, neste ano, mais de 2 milhões de estudantes disputaram 264 mil vagas em 6,8 mil cursos de graduação nas instituições.

A falha frustrou estudantes. Alguns deles conseguiram acessar a página e viram que foram aprovados nas universidades às quais se candidataram. Quando os resultados oficiais saíram, esses alunos descobriram que, na verdade, não conseguiram a vaga.

Em 30 de janeiro, o MEC se programou para divulgar a lista dos selecionados em primeira chamada, mas alegou que, em virtude de “problemas técnicos no sistema”, precisou adiar a consulta de aprovações. Somente no dia seguinte os resultados foram publicados.

Seleção com falhas e resposta do MEC

De acordo com o MEC, houve uma divulgação indevida de resultados provisórios, que ainda não estavam homologados. Conforme a pasta, os dados ficaram disponíveis por 25 minutos. A ocorrência está sendo apurada.

Não é a primeira vez que a pasta comete equívocos. Além divulgação indevida dos resultados em janeiro, cerca de 50 mil inscritos na prova do Enem, cuja nota é usada para acesso ao Sisu, foram alocados em locais distantes das suas casas. Isso porque o edital garantia que os participantes fizessem o exame de novembro passado a no máximo 30 km de distância de suas residências. Estudantes relataram distâncias de mais de 40 km.

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