Segundo o empresário, mesmo com o momento abaixo do esperado da Seleção Brasileira, o Brasil continua sendo visto como um grande celeiro de craques.
“O mercado brasileiro continua sendo visto como o maior produtor de novos talentos do nosso futebol. Então ele continua sendo para nós ainda, no mercado internacional, visto dessa forma. Por isso o cuidado e o zelo que a gente vem tendo com a atuação da P&P aqui no Brasil”, explicou.
No mercado europeu desde 1996, a P&P Sport Management hoje está presente em seis países, inclusive no Brasil, onde chegou em 2020. A empresa tem grande atuação nas categorias de base no país e acredita que, no Brasil, um dos temas sensíveis na hora de formar novos talentos é o uso das redes sociais.
Segundo Claudio Fiorito, existe uma preocupação muito maior hoje no mercado europeu com o comportamento social dos jogadores e, muitas vezes, o mau uso das redes pode influenciar em uma transferência.
“Muito dessa estrutura que foi criada por nós aqui no Brasil com a P&P local foi pra que a gente pudesse dar essa informação, dar valor a essas necessidades no entorno dos nossos atletas aqui no Brasil pra que eles fossem bem vistos dentro do mercado europeu. […] Eu acho que o nível de exigência do futebol europeu tem crescido muito nesse fator externo, e com isso nós temos ficado para trás”, explicou.
Essa questão das redes sociais, do Tik Tok, do Instagram, dos posts fora de hora, tudo isso sem dúvida é um assunto muito discutido e tratado com muita atenção interna por nós, porque isso sem dúvida reflete na visão do mercado europeu.
Claudio Fiorito, CEO da P&P Sport Management Brasil
O empresário explicou também de que forma os clubes fazem esse monitoramento e deu um exemplo prático.
“Hoje os grandes clubes têm departamentos voltados para que fiquem observando as redes sociais, o comportamento social, o comportamento individual de cada atleta. Hoje pra que a gente possa desenvolver, por exemplo, uma transferência de um nível desse, como a gente tem falado aqui do próprio Vitor (Reis), que é o caso mais recente agora, ele passa por uma série de entrevistas com os clubes para que eles entendam a postura dele fora de campo, familiar, o que ele pensa, como ele agiria em momentos de crise, tudo isso hoje é muito mais analisado pelo futebol europeu do que antigamente”, revelou.
Para Claudio Fiorito, a imagem dos jogadores brasileiros pode estar sendo negativamente influenciada pelo uso equivocado das redes sociais.
“Eu acho que a rede social mal usada tem contribuído de forma negativa para que essa visão seja construída a nosso respeito”, concluiu.
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