Um estudo do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) e do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) encontrou um material especial que pode tornar a técnica fotoeletroquímica de limpeza de resíduos industriais ou domésticos mais barata e eficiente.
Os detalhes da pesquisa, que têm apoio da FAPESP, foram publicados no Chemosphere.
O que é um sistema fotoeletroquímico?
A estratégia, em termos simples, usa a energia solar para degradar substâncias poluentes, reduzindo os níveis de tóxicos ou eliminando-os completamente. O método pode ser usado para remover ou mineralizar – processo de converter matéria orgânica em nutrientes minerais – poluentes da água, ar ou solo.
O que os pesquisadores descrevem no estudo são opções de materiais que podem ser utilizados nessa estratégia. No caso, especificamente como fotoanodos, um tipo de semicondutor que quando iluminado pela luz gera uma corrente elétrica.
Um dos materiais, o vanadato de bismuto, teve resultados promissores na aplicação para remoção de substâncias tóxicas, como os corantes, de resíduos produzidos pela indústria têxtil.
Material barato e eficaz
- Os pesquisadores investigaram semicondutores à base de nitretos de carbono (C3N4) e vanadato de bismuto (BiVO4).
- Foi o vanadato de bismuto que se mostrou mais interessante.
- Quando ativado pela luz, removeu substâncias tóxicas de dejetos têxteis de forma eficaz e com um consumo de energia elétrica significativamente mais baixo.
- Além disso, o material é barato e fácil de produzir, o que o torna uma das melhores opções estudadas.
Geração de energia
O vanadato de bismuto tem potencial não só para tornar a limpeza de poluentes eficaz, mas também para contribuir para a geração de energia elétrica. Ele pode ser combinado com o hidrogênio durante seu processo de produção, que posteriormente é aplicado na geração elétrica.
Este ainda é um estudo inicial, mas os resultados mostram um caminho promissor para a limpeza de dejetos industriais com o sistema fotoeletroquímico.