Terça-feira é dia da coluna Fala AI no Olhar Digital News. Hoje, o nosso tema é astronomia. Roberto ‘Pena’ Spinelli, físico e pesquisador na área de Inteligência Artificial, repercutiu duas pesquisas inovadoras, que podem ajudar a solucionar alguns dos maiores mistérios do Universo.
Buracos negros e a energia escura
Evidências científicas concretas apontam que o Universo está se expandindo cada vez mais rápido. Porém, a causa exata desse fenômeno ainda não é totalmente compreendida. Para explicar essa expansão acelerada do Universo, uma das hipóteses mais aceitas tem a ver com a existência de uma forma de energia desconhecida, chamada “energia escura”. Basicamente, essa energia seria responsável por “empurrar” o Universo para fora, fazendo-o expandir cada vez mais rápido. A energia escura seria responsável por quase 70% de tudo o que existe no cosmos. Mas, o que exatamente é a energia escura? E de onde ela vem? As perguntas intrigam a astronomia há décadas, mas elas acabam de ganhar uma pista importante. Um novo estudo aponta para uma conexão surpreendente entre a energia escura e os buracos negros.
Matéria escura: há indícios na Terra?
A matéria escura é um dos maiores mistérios do Universo. Ela não pode ser vista – não emite, absorve ou reflete luz. Não há telescópio ou instrumento de observação que “enxergue” a matéria escura. No entanto, os cientistas acreditam que ela pode representar até 27% de tudo o que existe, o que faz da matéria escura uma das peças-chave para entendermos o funcionamento do Universo. Embora não possamos vê-la diretamente, os cientistas sabem que a matéria escura exerce uma influência significativa, especialmente no movimento das galáxias e na estrutura do espaço. Mas a grande pergunta é: como estudá-la, se ela não interage com a luz ou outras formas de radiação de maneira convencional? Para tentar resolver esse enigma, um grupo de pesquisadores está adotando uma abordagem inovadora. Eles decidiram procurar pistas da matéria escura nas rochas mais antigas da Terra.