sexta-feira, novembro 22, 2024
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Marte provoca fenômeno na Terra a cada 2,4 milhões de anos

Uma nova análise do registro geológico do fundo dos oceanos descobriu que a interação gravitacional entre a Terra e Marte provoca alterações nas correntes oceânicas que acontecem a cada 2,4 milhões de anos. Conduzida por cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, a descoberta foi publicada na revista Nature Communications.

Entenda:

  • Cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, descobriram um fenômeno cíclico relacionado à interação gravitacional entre a Terra e Marte que acontece a cada 2,4 milhões de anos e provoca mudanças nas correntes oceânicas;
  • A equipe analisou águas profundas ao redor do mundo e encontrou evidências de rupturas em sedimentos marítimos ao longo dos últimos 70 milhões de anos – com um padrão que correspondia aos ciclos astronômicos dos dois planetas;
  • A descoberta pode indicar que o auge do ciclo aumenta a radiação solar no planeta, além de sugerir que o sistema responsável pela Corrente do Golfo pode acabar conforme o derretimento de gelo marinho pelo aquecimento global;
  • Isso não indica, porém, que o oceano ficará estagnado – como explicam os cientistas, oceanos mais quentes possuem movimentações profundas mais vigorosas;
  • O estudo foi publicado na revista Nature Communications.
(Imagem: Susann Guenther / Shutterstock)

Há alguns anos, a equipe começou a identificar um “grande ciclo” astronômico relacionado a um alinhamento entre as órbitas dos dois planetas. Apesar da escassez de evidências diretas da interação no registo geológico da Terra, a descoberta sugere que o auge do ciclo aumenta a radiação solar no planeta e, consequentemente, contribui para climas mais quentes.

O que o fenômeno de Marte significa para os oceanos terrestres

(Imagem: Alones / Shutterstock)

Inicialmente, os cientistas investigavam a hipótese de que as correntes no fundo dos oceanos variassem em climas mais quentes. Analisando águas profundas de todo o mundo, a equipe encontrou evidências de centenas de rupturas nos sedimentos marinhos ao longo dos últimos 70 milhões de anos – apresentando um padrão curioso que correspondia aos ciclos astronômicos da Terra e de Marte.

Apesar da descoberta sugerir que o sistema responsável pela Corrente do Golfo pode acabar conforme o derretimento de gelo marinho pelo aquecimento global, os cientistas explicam que oceanos mais quentes têm uma circulação profunda mais vigorosa: “Isso potencialmente evitará que o oceano fique estagnado, mesmo que a Circulação Meridional do Atlântico diminua ou pare completamente.” diz a geóloga Adriana Dutkiewicz.

Via Olhar Digital

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