A exoneração de Marta Suplicy foi publicada na edição do Diário Oficial da Prefeitura de São Paulo desta quarta-feira (10). Ela exercia o cargo de secretária de Relações Internacionais na gestão de Ricardo Nunes (MDB) e deixou a função após aproximação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Guilherme Boulos, do qual é cotada para ser candidata a vice-prefeita nas eleições municipais deste ano.
Maria Auxiliadora Figueiredo foi designada para ocupar a pasta previamente chefiada por Marta.
Na segunda-feira (8), a agora ex-secretária participou de uma audiência com Lula no Palácio no Planalto em que sinalizou aceitar o convite para retornar ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2020, ela chegou a apoiar a reeleição de Bruno Covas (PSDB) contra Boulos.
Segundo apurou a CNN, a ex-prefeita era vista por Ricardo Nunes como uma aliada e chegou a ser cotada para ser candidata a vice do emedebista com o aval de Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), mas o movimento não avançou.
O sinal para Marta avançar nas tratativas com o PT foi a decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de apoiar Nunes e indicar o seu vice.
Marta voltou a dialogar com a cúpula do PT por meio do advogado Marco Aurélio Carvalho, que a reaproximou do deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que mediou a audiência em Brasília.
Durante encontro com o prefeito da capital paulista na terça-feira (9), Marta entregou uma carta de exoneração, na qual diz que o cenário político paulistano “prenuncia uma nova conjuntura”.
“Diferente daquela em que, em janeiro de 2021, tive a honra de ser convidada por Bruno Covas para a Secretaria Municipal de Relações Internacionais, encaminho, nesta data, de comum acordo, meu pedido de demissão deste cargo”, diz a carta.
Leia a íntegra da carta de Marta Suplicy a Ricardo Nunes
*Com informações de Adriana de Luca, Gustavo Uribe, Julliana Lopes, Pedro Venceslau
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