Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, ultrapassou Jeff Bezos e assumiu o posto de segunda pessoa mais rica do mundo nesta quinta-feira, 2.
Com uma fortuna estimada em US$ 206 bilhões, Zuckerberg agora está atrás apenas de Elon Musk, que contabiliza cerca de US$ 256 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index.
O avanço na posição de Zuckerberg se deve à valorização das ações da Meta, que atingiram um valor recorde de US$ 582,77. Desde o começo de 2024, os papéis da empresa cresceram quase 70%, impulsionados por resultados financeiros acima do esperado e pelo crescente entusiasmo dos investidores com os investimentos em inteligência artificial.
O patrimônio de Zuckerberg aumentou US$ 78 bilhões neste ano, o que supera qualquer outro dos 500 bilionários monitorados pela agência Bloomberg.
A alta nas ações da Meta foi favorecida pelo crescimento de 22% nas vendas do segundo trimestre, o que totaliza cerca de US$ 40 bilhões e marca o quarto trimestre consecutivo de crescimento acima de 20%.
A Meta investiu fortemente em tecnologias de inteligência artificial, o que contribuiu para melhorar o desempenho de sua plataforma de publicidade digital. Além disso, a Meta lançou recentemente os óculos de realidade aumentada Orion, parte de sua aposta no metaverso.
Ao todo, a Meta é desenvolvedora dos apps Facebook, Instagram, Messenger, WhatsApp, Oculus e Threads.
Zuckerberg demonstra guinada à direita
Em setembro deste ano, Mark Zuckerberg contratou o estrategista do Partido Republicano, Brian Baker, para tentar melhorar seu relacionamento com a mídia e com a opinião pública conservadora dos Estados Unidos.
O empresário se tornou alvo de críticas por parte do ex-presidente Donald Trump, quando sua conta no Facebook foi suspensa depois da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro. Trump ameaçou prender Zuckerberg caso ele volte para a Casa Branca e manifestou apoio ao TikTok, concorrente chinesa da Meta.
E em seu livro mais recente, Trump incluiu uma foto de Zuckerberg e disse que o empresário se envolveu em uma “conspiração contra o presidente”. No entanto, Zuckerberg tenta fazer as pazes com o republicano.
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Nas semanas anteriores, o dono da Meta ligou para Trump duas vezes e chegou a chamá-lo de “durão”, depois da tentativa de assassinato sofrida pelo candidato. Trump disse que Zuckerberg teria lhe confessado que “não há como votar em um democrata” depois do atentado.
O objetivo do empresário seria convencer os republicanos de que ele e sua rede social são apartidários. Entretanto, segundo fontes próximas de Zuckerberg, o dono do Facebook se identificaria como “libertário”.
Em junho, ele chegou a declarar para outros empresários bilionários que se arrependia de contratar funcionários que promoviam causas esquerdistas.