O procurador geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, não assume o posto de secretário nacional de segurança pública nesta quinta feira(01) junto com o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
A informação foi confirmada a CNN pelo Ministério Público de São Paulo.
A expectativa é de que ele só esteja em Brasília atuando na formulação de uma nova política de segurança pública em março.
O motivo, segundo fontes, é de que Sarrubbo vai gerir sua sucessão interna. Seu mandato termina em abril e sua saída antecipada abriu uma disputa interna no Ministério Público e aumentou críticas contra ele. Um manifesto inclusive, obtido pela CNN, passou a circular pedindo seu afastamento imediato.
O documento pede o afastamento com a justificativa de que o cargo em Brasília “representa risco à imagem da Instituição Ministério Público do Estado de São Paulo, em especial à imparcialidade na condução das investigações em trâmite e ações judiciais afetas a sua atribuição, bem como a todos os atos administrativos de sua alçada”.
Sarrubbo, porém optou por ficar para cuidar da sua transição. Pelo menos cinco nomes estão na disputa para integrar a lista tríplice que será entregue ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
No Palácio dos Bandeirantes, os dois considerados favoritos são justamente um nome mais crítico a Sarrubbo, Antonio Carlos da Ponte, ex-secretário adjunto da Segurança Pública de São Paulo; e um mais próximo a ele, o subprocurador geral de Justiça de políticas criminais do MP-SP, José Carlos Cosenzo.
Cozenso foi presidente da associação do MP e é visto internamente como alguém com amplo conhecimeno da base da instituição em São Paulo. Ele se aproximou nas últimas semanas de dois influentes políticos, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Andre do Prado, e o vice-governador, Felício Ramuth.
Da Ponte por outro lado é considerado oposição a Sarrubbo.
Outros dois nomes estão bem posicionados na disputa. Um é Paulo Sergio Oliveira e Costa, ex-diretor da Escola Superior do MP-SP. Ele estudou na juventude com o secretário de Governo, Gilberto Kassab, um dos nomes mais influentes do governo Tarcísio. Kassab conseguiu recentemente, por exemplo, indicar um aliado para o Tribunal de Contas do Estado.
Outro é um adversário interno de Sarrubbo, José Carlos Mascari Bonilha, ex-diretor geral do MP-SP. Ele é considerado um conservador e mais próximo ideologicamente do governo Tarcísio.
A ex-corregedora do MP-SP, Tereza Exner, tem apoio de correntes mais progressistas do órgão e corre por fora na disputa interna.
A aposta no MP é que a lista tríplice deverá trazer Cosenzo, Da Ponte e Paulo Sergio.
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