sexta-feira, novembro 22, 2024
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Marielle foi assassinada por fazer o que lhe era devido, diz sobrevivente do ataque que matou vereadora

Sobrevivente do ataque que matou Marielle Franco e Anderson Gomes em 2018, a jornalista Fernanda Chaves disse que “revolta talvez seja a palavra que mais proximamente possa resumir o sentimento do dia de hoje”.

Fernanda era assessora de Marielle e estava com ela e Anderson no carro que foi alvejado por tiros de fuzil. “Ela foi arrancada do convívio de sua família, amigos, carreira por fazer apenas o que lhe era devido”. O crime, de acordo com as investigações da Polícia Federal (PF), foi cometido com motivações políticas, por conta da atuação de Marielle como vereadora no Rio de Janeiro.

A jornalista diz que, junto com sua família, ainda sofre o impacto do “mais grave atentado político deste século”. “Foram muitas promessas e pouco resultado”, disse, em nota, referindo-se ao período de seis anos e dez dias para que os suspeitos de mandar matar a vereadora carioca e o motorista fossem presos, o que aconteceu neste domingo (24).

Foi preciso que mais de meia década se passasse, foi preciso que um novo presidente da República assumisse para que esse caso recebesse o devido tratamento que merece: o de maior relevância da história política do Brasil desde a redemocratização. Foi preciso que uma força-tarefa federal assumisse a frente das investigações para que avançássemos nas investigações e, mais, descortinássemos a bizarra situação do Rio de Janeiro, absolutamente carcomido na sua institucionalidade pela atuação de organizações criminosas

Fernanda Chaves

Para Fernanda, agora é momento de luta pela responsabilização dos envolvidos no assassinato e para que o “estado do Rio de Janeiro supere o caos a que está submetido, que impacta sobretudo a população mais pobre, subjugada pela atuação de grupos criminosos que dominam quase a totalidade do território fluminense”.

Foram presos neste domingo, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes:

  • o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ)
  • o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão
  • o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Os três deverão ficar em presídios diferentes. Segundo apurou a CNN, a ideia é que Rivaldo Barbosa permaneça na penitenciária federal em Brasília. Domingos Brazão deve ser levado para o presídio federal de Porto Velho (RO). Já Chiquinho Brazão pode ser encaminhado para Campo Grande (MS).

Ainda não há, no entanto, data para que essas transferências aconteçam. Isso vai depender da decisão de juízes corregedores.

Via CNN

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