Os efeitos das mudanças climáticas nas nossas vidas se tornaram claros nos últimos meses. Ondas e calor cada vez mais comuns, temperaturas recordes e alertas de que a situação deve piorar ainda mais no futuro. Por isso, cientistas da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, desenvolveram um mapa interativo com previsões climáticas para daqui a 60 anos.
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Ferramenta é gratuita
- Apelidado de Future Urban Climates, o mapa conta com mais de 40 mil cidades do mundo todo, inclusive do Brasil.
- A iniciativa surgiu a partir de um estudo de 2019.
- A ferramenta busca correspondências entre o clima futuro esperado em um local determinado e o clima atual de outro ponto.
- Dessa forma, são indicadas as mudanças esperadas e qual será a temperatura média no futuro.
- Para isso, são utilizados dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
- O mapa é gratuito e pode ser acessado clicando aqui.
Mapa apresenta previsões para as temperaturas no futuro
Para testar a ferramenta usamos como exemplo a cidade de Porto Alegre. A capital gaúcha foi fortemente afetadas pela maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul e ainda enfrenta reflexos disso.
Ao escolher a capital gaúcha, o mapa interativa indica que, se as emissões de gases de efeito estufa não forem reduzidos, a cidade registrará temperaturas 3,7ºC maiores no ano de 2080. A ferramenta ainda destaca que as condições previstas são semelhantes ao observado atualmente em Puerto Esperanza, na Argentina.
Já no caso de São Paulo, se as emissões não forem controladas, os verões serão 3,8 °C mais quentes. Já nos invernos, as temperaturas devem subir, em média, 4,1 °C. A capital paulista terá, daqui 60 anos, as mesmas características climáticas de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul.
Apesar de o mapa interativo apresentar o cenário de milhares de cidades ao redor do mundo, em alguns casos ele não consegue disponibilizar previsões. Em Manaus e São Luís, por exemplo, a ferramenta informa que “espera-se que o clima futuro para este local seja diferente de tudo encontrado atualmente em qualquer lugar da Terra, portanto não há correspondências climáticas”.