Textos escritos no passado são fundamentais para entendermos a história da humanidade. Um dos exemplos disso é o chamado Livro de Kells, um manuscrito iluminado dos quatro evangelhos cristãos criado no século IX.
De acordo com historiadores, o texto teria sido escrito em latim por monges cristãos celtas na ilha de Iona, na atual Escócia. Ele é famoso por suas ricas ilustrações e caligrafia, que datam de uma época anterior à invenção da imprensa.
A história do manuscrito
- Os livros nessa época tinham que ser meticulosamente copiados à mão, uma tarefa frequentemente realizada por monges.
- A principal teoria é que o texto tenha sido criado justamente desta forma e por volta de 800 d.C.
- Os responsáveis pelo trabalho seriam monges do missionário irlandês do século VI São Columba, famoso por espalhar o cristianismo por toda a Escócia.
- No entanto, como a região foi alvo de ataques vikings neste período, o manuscrito teria sido levado para um mosteiro na cidade irlandesa de Kells, onde recebeu seu nome.
- Posteriormente, ele foi enviado para Dublin por razões de segurança durante a conquista da Irlanda por Oliver Cromwell de 1649 a 1653.
- Em 1661, o Livro de Kells foi doado à biblioteca do Trinity College Dublin, onde está em exibição até hoje.
- Além disso, foi criada uma versão digitalizada da obra.
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Textos altamente decorados
O Livro de Kells é considerado o melhor exemplo do estilo “insular” de manuscritos iluminados. Este tipo de documento é caracterizado por suas elaboradas letras iniciais e geralmente é altamente decorado com desenhos fantasiosos de animais lendários e outras tradições celtas.
O manuscrito foi escrito em pergaminho, geralmente preparado raspando a pele de bezerro, e conta com 680 páginas no total. Segundo especialistas, elas foram escritas por pelo menos três monges diferentes.
Algumas páginas da obra estão faltando. Uma das teorias é que isso tenha sido resultado de um roubo no século XI. Mesmo assim, este é um dos exemplos mais completos existentes de um texto da época. As informações são do Live Science.